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out 26 2022

IBGE aponta que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) fica em -1,96% em setembro

Cade aprova venda de oito refinarias pela Petrobras | Agência Brasil

Em setembro, os preços da indústria caíram 1,96% frente a agosto. O acumulado no ano chegou a 5,87% e o acumulado em 12 meses a 9,76%. Os preços de 13 das 24 atividades industriais investigadas tiveram variações positivas ante o mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Em setembro de 2022, os preços da indústria caíram 1,96% frente a agosto. As quatro maiores variações foram em: refino de petróleo e biocombustíveis (-6,79%); outros produtos químicos (-6,20%); indústrias extrativas (-3,82%); e metalurgia (-3,77%).

Refino de petróleo e biocombustíveis foi o setor industrial de maior influência, responsável por -0,89 ponto percentual (p.p.) na variação da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram outros produtos químicos, com -0,62 p.p. de influência, alimentos (-0,27 p.p.) e metalurgia (-0,24 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, as variações foram: bens de capital (0,48%); bens intermediários (-2,42%) e bens de consumo (-1,66%), sendo 0,19% nos bens de consumo duráveis e -2,01% nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Indústrias Extrativas: na passagem de agosto para setembro, os preços do setor variaram, em média, -3,82%, quarto recuo consecutivo. Com isso, o acumulado no ano ficou em 4,50% (contra 40,72% em setembro de 2021). Na comparação com igual mês do ano, os de setembro de 2022 são 15,48% menores que os de setembro de 2021. Nesta perspectiva, igualmente é a quarta comparação negativa consecutiva.

Alimentos: a queda de setembro (-1,13%) foi a segunda, após o recuo de 3,50% em agosto. Foi a primeira ocorrência de duas quedas consecutivas desde junho (-0,76%) e julho (-1,61%) de 2019.

O acumulado no ano recuou de 6,99%, em agosto, para 5,78% em setembro (contra 14,82%, em setembro de 2021). Já no acumulado em 12 meses, a taxa de 9,32% é a primeira abaixo de 10% desde janeiro de 2020, 9,12%, ou seja, em 31 meses as taxas não só foram acima dos 10% como tiveram média de 23,11%.

Entre os produtos destacados, em termos de variação, ainda aparecem derivados do leite. Já, em termos de influência (respondendo a -0,82 p.p., de -1,13%), os produtos são: “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “resíduos da extração de soja”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “carnes de bovinos congeladas”. Desses, apenas os preços de “resíduos da extração de soja” aumentaram, em parte por conta da depreciação do real frente ao dólar, de 1,8%, mas também por aumento da demanda, tanto interna quanto externa.

No caso das carnes, tanto a de frango quanto a bovina, as empresas reportaram um recuo da demanda. Por fim, no caso do leite, depois de aumentos sucessivos ao longo de 2022, uma maior captação nas bacias leiteiras, com redução dos custos (de combustíveis e energia), e uma menor demanda explicam a queda atual.

Refino de petróleo e biocombustíveis: os preços do setor variaram em média, de agosto para setembro, -6,79%, taxa próxima a do mês anterior, -6,99%. Com isso, o acumulado no ano, que era 26,49% em agosto, recuou para 17,90% (contra 49,70%, em setembro de 2021). Por fim, na comparação setembro 2022/setembro 2021, os preços atuais são 33,64% maiores, a menor taxa desde fevereiro de 2021 (18,25%). Em julho de 2022, o número-índice atingiu seu maior patamar (262,34), naquele momento 46,03% maior que o das indústrias extrativas e de transformação. Em setembro, essa distância passou a 33,17%.

Outros produtos químicos: a indústria química, no mês de setembro, apresentou uma variação de -6,20%, a quinta negativa no ano e a mais intensa em toda a série da pesquisa. Uma análise por grupo econômico divulgado mostra que o resultado do mês ficou distribuído de forma diversa entre eles, com “fabricação de produtos químicos inorgânicos” apresentando uma variação média de -5,32% no mês, “fabricação de resinas e elastômeros”, com -8,32%, e “fabricação de defensivos agrícolas e desinfetantes domissanitários”, com -1,64%.

Metalurgia: na comparação setembro contra agosto, a variação de preços da atividade foi de -3,77%, sexta negativa no ano. Desta forma, o setor acumulou uma variação de -8,78% no ano e de -8,88% em 12 meses. Entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e setembro de 2022, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 70,86%, valor muito próximo ao do Indicador geral do IPP para o mesmo período (70,77%).

Veículos automotores: em setembro, a variação observada no setor, quando comparada com o mês imediatamente anterior, foi de 0,17%. Este foi o 27º resultado positivo consecutivo neste indicador, sendo o aumento menos intenso observado na comparação mensal durante esse período em que acumula uma alta de 32,34%.

Fonte: Agência IBGE de Notícias

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