O Distrito Federal tem o maior percentual de moradores que viajaram a lazer entre maio e julho de 2019. O brasiliense, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é responsável por 56% das 250 mil viagens pessoais realizadas no período.
As informações estão no estudo divulgado hoje (12), feito em parceria com o Ministério do Turismo.
Os dados são um recorte inédito da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), que se propôs a traçar o perfil da demanda turística no país. Para o estudo, foram colhidas respostas de entrevistados em 72,5 milhões de moradias nas cinco regiões.
A capital federal também se destaca como a única unidade da federação em que o avião foi o principal meio de transporte nos deslocamentos (52%). Já no restante do país, os turistas optaram por usar o carro na maioria das vezes.
Entre as viagens classificadas como lazer, a maioria dos turistas que partiu do DF buscou por “sol e praia” (39,2%), seguido de destinos com natureza, ecoturismo e aventura (27,2%) e cultura (23,9%).
A Pnad Turismo aponta que 294 mil viagens, nos três meses analisados, partiram da capital federal. Destas, 14,8% foram por motivo profissional – percentual que posiciona o Distrito Federal em 10º lugar no ranking nacional de deslocamentos a trabalho. Roraima lidera a lista, com 22,9%. Sergipe foi o estado com o menor número (7,1%).
Já as viagens por motivo pessoal representaram a grande maioria em todo o país. No DF equivale a 85,2% do total – índice que deixa a capital na 18º posição. A população de Sergipe (92,9%) se destaca como a que mais viajou por motivos pessoais, e em último lugar está Roraima, com 77%.
Ainda entre as viagens pessoais de moradores da capital, além do lazer, estavam entre principais finalidades as visitas a parentes ou amigos, que representaram 34,3% dos casos.
Por outro lado, a capital federal apresenta no estudo os menores percentuais do país de viagem para fins de compras pessoais. A motivação se refere a apenas 0,4% dos entrevistados. Os brasilienses também se deslocaram menos para tratamentos de saúde e bem-estar, que foi o caso de 1,4% dos entrevistados.
De acordo com a analista de dados do IBGE Michella Reis, outras características do DF, além da alta renda, influenciam na escolha do avião como o meio de transporte escolhido para a maioria das viagens.
“De uma forma geral, o DF é uma ponte aérea importante no país, assim como São Paulo e Rio de Janeiro. Temos as sedes de empresas públicas, do Executivo, Judiciário e Legislativo”, afirma.
Entre os moradores da capital que informaram não ter viajado nos três meses analisados na pesquisa, 51,3% justificaram falta de dinheiro. Em comparação aos outros estados, o DF registrou o maior percentual para o motivo “falta de tempo” (30,7%) e o menor para “não ter necessidade” (1,9%).
Em todo o país, das 21,4 milhões viagens analisadas nos meses de maio a julho de 2019, a grande maioria (96,1%) foi para destinos dentro do Brasil; outros 3,9%, internacionais.
Já no DF, 22 mil deslocamentos foram para o exterior, que correspondem a 7,4% do total – este é o terceiro maior percentual do país, atrás apenas de São Paulo (8,1%) e do Rio de Janeiro (7,7%).
Com informações de G1