
O IGP-M (Índice Nacional de Preços – Mercado), indicador responsável pelo reajuste de parte dos contratos de aluguel no Brasil, perdeu ritmo e caiu 0,07% em janeiro, mostram dados revelados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Com a variação, o índice acumula queda de 3,32%% nos últimos 12 meses.
O resultado mostra que os contratos atrelados ao indicador com vencimento em fevereiro não sofrerão reajustes.
Em dezembro, o índice apresentou alta de 0,74%. Em janeiro de 2023, o índice teve aumento de 0,21% no mês, acumulando alta de 3,79% nos 12 meses anteriores.
O percentual acumulado do IGP-M é aquele que seria repassado às locações com aniversário de vencimento no próximo mês. Entretanto, a maioria dos contratos possui cláusulas que barram o reajuste negativo do indicador, o que deve ocasionar a manutenção do valor pago atualmente pelos inquilinos.
O inquilino deve estar atento aos indicadores de reajuste que estão no contrato de locação, porque muitas negociações passaram a usar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, como indexador nos novos contratos. O indicador encerrou 2023 em 4,62%.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente daquela apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.
“Nesta edição, o Índice de Preços ao Produtor mostra arrefecimento dos preços das Matérias-Primas Brutas (de 3,06% para 0,49%), o que se mantido nas próximas apurações, pode antecipar a desaceleração dos preços de alimentos industrializados, cujos preços, neste momento, sinalizam aceleração, passando a variação de 0,92% para 1,19%. No âmbito do consumidor, a inflação segue muito concentrada nos grupos Alimentação (de 0,55% para 1,62%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,65% para 2,11%). No primeiro grupo, os preços dos alimentos in natura subiram refletindo problemas de ofertas típicos da estação. No segundo, destaca-se o aumento dos Cursos Formais (de 0,00% para 4,78%). Por fim, a taxa de variação do INCC permaneceu estável, passando de 0,26% para 0,23%”, conforme afirmado por André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Fonte: R7 -Clarissa Lemgruber – Ascom FGV Ibre
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