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fev 24 2023

Índice de Confiança da Construção sobe 0,8 ponto em fevereiro

Trabalhadores da construção civil

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV Ibre, divulgado hoje (24), sobe 0,8 ponto em fevereiro, para 94,4 pontos, após quatro meses seguidos de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.

“Pelo terceiro mês consecutivo, o revés na carteira de contratos afetou a percepção sobre a situação atual das empresas, indicando um arrefecimento do crescimento dos negócios. De fato, o Indicador de Evolução Recente da Atividade, que atingiu um pico em novembro do ano passado, caiu para baixo do nível de neutralidade desde janeiro. O que enseja o questionamento se o atual ciclo de crescimento teria se esgotado. Por outro lado, depois de quatro quedas consecutivas, as expectativas voltaram a melhorar, impulsionadas pela perspectiva de melhora da demanda nos próximos meses. Ou seja, o pessimismo que contaminou o setor desde outubro diminuiu significativamente em fevereiro, liderado pelo segmento de Edificações, que reagiu de forma positiva ao anúncio de retomada do Programa Minha Casa Minha Vida.”, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre.

A alta do ICST, neste mês, foi influenciada exclusivamente pela melhora das perspectivas em relação aos próximos meses. O  Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,7 ponto, para 93,4 pontos, menor nível de maio de 2022 (92,5 pontos). A queda do ISA-CST se deve à piora na percepção dos empresários sobre o indicador que mede o volume de carteira de contratos que caiu 1,7 ponto, para 95,3 pontos, e o do indicador que mede a situação atual dos negócios, que  recuou 1,5 ponto, para 91,7 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 3,4 pontos, para 95,6 pontos, maior nível desde outubro de 2022 (103,2 pontos). A alta foi em decorrência da melhora do indicador de demanda prevista , que subiu 4,0 pontos, para 97,4 pontos, e do indicador de tendência dos negócios, que avançou 2,5 pontos, para 93,7 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção recuou 1,2 ponto percentual (p.p.), para 77,7%. O Nuci de Mão de Obra caiu 1,4 p.p., para 79,0%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos ficou estável ao variar 0,1 p.p., para 71,9%.

Há um ano, o custo dos materiais figurava como a segunda principal limitação à melhoria dos negócios. Demanda insuficiente era a principal dificuldade. Em 2023, nota-se o efeito da desaceleração dos preços dos materiais acentuada no segundo semestre do ano passado: houve redução expressiva no número de assinalações no quesito, que foi superado por escassez de mão obra qualificada, confirmando o aquecimento setorial. Por sua vez, a demanda insuficiente apesar de assumir o topo da lista, tem menos assinalações que em fevereiro de 2022.

Fonte: FGV Ibre

Foto EBC -Fernando Frazão

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