«

»

jul 27 2023

Índice de Preços ao Produtor cai -2,72% em junho; quinto resultado negativo

O que é indústria extrativa ?

Em junho de 2023, os preços da indústria variaram -2,72% frente a maio, quinto resultado negativo consecutivo. Nessa comparação, 19 das 24 atividades industriais tiveram queda de preços. O acumulado no ano foi de -6,46%, o menor para um mês de junho desde o início da série histórica, em 2014. O acumulado em 12 meses ficou em -12,37%, a maior queda da série histórica para esse indicador.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

As quatro maiores variações no indicador mensal foram: indústrias extrativas (-10,52%); refino de petróleo e biocombustíveis (-6,32%); outros produtos químicos (-5,01%); e papel e celulose (-4,40%). Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de junho e os de maio. A atividade foi responsável por -0,83 ponto percentual (p.p.) de influência nos -2,72% da indústria geral.

Outras atividades em destaque foram refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,64 p.p. de influência, indústrias extrativas (-0,50 p.p.) e outros produtos químicos (-0,40 p.p.).

O acumulado no ano atingiu -6,46%, ante -3,84% em maio. A título de comparação, em 2022, a taxa acumulada até junho havia sido de 10,12%. A taxa acumulada no ano até este mês de referência é o menor para um mês de junho desde o início da série histórica, em 2014.

As maiores variações acumuladas no ano entre as atividades foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-23,30%), outros produtos químicos (-16,98%), papel e celulose (-16,93%) e bebidas (7,28%). As principais influências vieram de refino de petróleo e biocombustíveis: -2,79 p.p., outros produtos químicos: -1,49 p.p., alimentos: -1,22 p.p. e papel e celulose: -0,57 p.p.

O acumulado em 12 meses foi de -12,37%, maior queda na série histórica deste indicador. Em maio, este indicador havia atingido a marca de -9,02%. As quatro maiores variações foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-35,21%); outros produtos químicos (-32,38%); indústrias extrativas (-31,95%); e metalurgia (-16,53%). Os setores de maior influência no resultado agregado foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-4,68 p.p.); outros produtos químicos (-3,26 p.p.); indústrias extrativas (-1,79 p.p.); e alimentos (-1,76 p.p.).

A variação de preços de -2,72% em relação a maio repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -1,09% de variação em bens de capital (BK); -3,41% em bens intermediários (BI); e -2,02% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,14%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -2,45%.

A principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas veio de bens intermediários, com peso de 55,09% e respondeu por -1,89 p.p. da variação de -2,72% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens de consumo, com influência de -0,74 p.p. e bens de capital com -0,08 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em junho se divide em 0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,75 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Em junho, os preços de alimentos caíram 3,35% frente a maio, segunda variação negativa consecutiva e quarta no ano. A taxa negativa mais intensa da série foi a de agosto de 2022, -3,50%, portanto a de junho é a segunda.

No acumulado no ano, a variação chegou a -5,04%, um cenário distinto ao de um ano atrás, quando a variação alcançava 7,89%. Já no acumulado em 12 meses, novamente a taxa observada, -7,56%, é a segunda negativa mais intensa da série, estando muito próxima da de setembro de 2017, -7,57%.

Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado mensal (-2,58 p.p., em -3,35%) foram: “açúcar VHP”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “carnes e miudezas de aves congeladas” e “resíduos da extração de soja”, todos com variação negativa.

O cenário dessas variações não é muito diferente daquele apontado em maio: safra colhida (no caso da soja e da cana-de-açúcar, cuja comercialização foi normalizada com o menor volume de chuva), oferta elevada de bois e frangos, além do real apreciado frente ao dólar (2,6% na comparação junho contra maio; 7,5% no acumulado no ano; e 3,9% no acumulado em 12 meses).

Fonte: Ascom/IBGE

Foto: Divulgação CNI

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*