O Distrito Federal deve registrar, em setembro, a maior inflação do ano. A previsão foi divulgada hoje (23) peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA), conhecido como a prévia da inflação oficial.
De acordo com a pesquisa, o índice deve ficar em 0,7%. O levantamento mostra que a taxa está acima da registrado em setembro do ano passado (-0,02%) e também é superior à média nacional (0,45%).
Ainda segundo o IBGE, este é o sexto mês em que houve inflação na capital e a alta é impulsionada pela alta nos preços de combustíveis e alimentos.
A pesquisa aponta que a alta nos produtos e serviços relacionados a transportes apresentaram maior variação mensal (2,55%), o que gerou pressão no índice. O destaque de aumentos ficou com os preços dos combustíveis, que, em média, cresceram 8,66%. Gasolina: 9,03%, etanol: 5,18% e óleo diesel: 1,74%.
A segunda maior variação mensal (1,54%) e o segundo maior impacto na inflação no Distrito Federal veio do grupo de alimentação e bebidas. O resultado se deve, principalmente, ao subgrupo alimentação no domicílio (2,89%). Os destaques de preços altos são os itens: Óleo de soja, 29,48%, tomate: 38,21%, cenoura: 29,53% e arroz: 14,84%
Ao todo, dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, quatro apresentaram altas este mês. Além de transporte e alimentação, ficaram mais caros os itens de habitação e comunicação.
Em 2020, o IPCA-15 da capital soma alta de 0,83%. No ano passado, o acumulado registrado até setembro era de 1,81%.
O estudo também mostra que o grupo saúde e cuidados pessoais registrou deflação de -0,62%. Os serviços de saúde no Distrito Federal tiveram queda de preço de 1,61%, com destaque para os planos de saúde, que viram redução de 2,25%. Educação, despesas pessoais, artigos de residência e vestuário também ficaram mais baratos.
O IPCA-15 foi calculado com preços coletados entre 14 de agosto e 11 de setembro deste ano. Os dados são comparados com os valores vigentes entre 15 de julho e 13 de agosto.
O indicador avalia famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Distrito Federal e Goiânia.
Com informações de G1