Alguém precisa dizer ao presidente Bolsonaro que a Comunicação de governo não tem nada a ver com a Comunicação de campanha eleitoral.
Na última campanha eleitoral, ficou provado que o uso da tecnologia, dos aplicativos e das mídias alternativas elegeu muita gente – inclusive o presidente.
No governo, esta discussão é desnecessária. Outra estratégia!
O governo precisa usar sempre todas as mídias, inclusive as ultrapassadas, conservadoras e em relativo desuso.
No governo o que vale é o conceito.
A informação conceitual precisa chegar a todo momento para todos os brasileiros, inclusive através da medieval Voz do Brasil – que é devorada nas áreas mais distantes dos grandes centros urbanos.
Se o conceito for claro, o povo absorve e tem fé no governo. Nada de fake news, nem mensagens alternativas impactantes.
Redes sociais, etc, serão tão úteis quanto o Estadão ou a Globo – se houver riqueza conceitual no governo.
O escândalo de valor irrisório que cerca a família Bolsonaro não está controlado porque faltou comunicação de governo.
Estão ainda confiando na comunicação improvisada na cozinha, com gravações feitas em celular e passadas para redes sociais clandestinas.
Ou a Comunicação do Bolsonaro se profissionaliza – ou nada.
Fica tudo bagunçado como sempre esteve nos últimos 16 anos. (RENATO RIELLA)