Apesar do constrangimento com a situação de Cristiane Brasil, a ordem no núcleo do governo é evitar qualquer confronto com o PTB, e especialmente, com o presidente da legenda Roberto Jefferson, pai da ministra nomeada.
A expectativa inicial era a de que a própria Cristiane pudesse recuar da nomeação para o Ministério do Trabalho para evitar o desgaste prolongado da imagem dela. Mas isso não aconteceu. Diante disso, Temer decidiu aguardar o desfecho do caso no Supremo Tribunal Federal.
“Roberto Jefferson é a última pessoa com quem Temer deve brigar”, ressaltou um interlocutor do presidente. “Jefferson é um aliado importante, mas como adversário pode causar um estrago bem maior”, completou esse interlocutor, lembrando que o petebista foi o delator do escândalo do mensalão, em 2005.
Diante do impasse, a avaliação no Planalto é de que a melhor alternativa foi recorrer ao STF e transferir a decisão para a Justiça. “Não havia mais o que fazer”, observou outro auxiliar palaciano.
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