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maio 12 2014

JEITINHO E PUXADINHOS SERÁ QUE GARANTEM A COPA?

RENATO RIELLA

Sempre fui otimista em relação à Copa do Mundo, afirmando que os indivíduos da Fifa iam sofrer muito, mas no final tudo daria certo.

Não levei em conta, a princípio, o erro absurdo do então presidente Lula de bancar 12 sedes para os jogos, visando fazer média com governadores que não são reconhecidos a ele.

Agora, vejo no Correio que pelo menos cinco estádios estão inacabados: Itaquerão, destinado ao jogo de abertura da Copa em São Paulo, e mais Curitiba, Manaus, Cuiabá e Natal.

Os caras da Fifa entraram num inferno astral que só acaba em julho, depois do jogo final da Copa, se tudo correr bem ao longo do campeonato.

Na verdade, sempre confiei e continuo confiando na imensa capacidade de improviso e de adaptação do brasileiro.

Antes, tínhamos o jeitinho. Agora, temos também os puxadinhos, onde construtores espertos podem ganhar muito dinheiro fazendo obras de arranjo em estádios ou em aeroportos, para depois da Copa jogar tudo fora.

A Jornada Cristã da Juventude, no Rio, mostrou milhões de pessoas sacrificadas. Muita gente andou dez quilômetros para ver o Papa. Outros dormiram na praia. Faltou até água de beber, mas no final o Brasil se saiu superbem – todo mundo feliz.

Será que conseguiremos adotar a mesma receita na Copa?

Tudo bem, que Deus é brasileiro, mas um dia ele cansa. Ou não?

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