Os brasileiros que usaram o rotativo do cartão de crédito em 2022 viram a taxa média de juros disparar 61,9 pontos percentuais e fechar dezembro em 409,3% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2017 (428% ao ano). A informação foi divulgada hoje (27) pelo Banco Central.
Como exemplo, um consumidor que estava no rotativo com uma dívida no valor de R$ 1 mil terá que desembolsar R$ 4.093 para quitar o saldo devedor após um ano.
O rotativo do cartão e o cheque especial são as modalidades de crédito mais usados nas horas de dificuldade e, consequentemente, têm as linhas de crédito mais caras do mercado.
Em dezembro, as modalidades seguiram caminhos opostos. Enquanto os juros do cheque especial recuaram 1,6 ponto percentual, de 133,5% para 131,9% ao ano, a taxa média cobrada pelo rotativo do cartão avançou 13,9 pontos percentuais, de 395,4% para 409,3% ao ano.
Para driblar as taxas exorbitantes, o consumidor deve aderir ao empréstimo consignado, que oferece desconto direto na folha de pagamento. Em 2022, a taxa da linha de crédito avançou 5,1 pontos percentuais e fechou dezembro em 26,5% ao ano.
