O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) deu dez dias para que o fazendeiro André Luiz Bastos de Paula Costa explique, por escrito, ofensas feitas contra o governador Ibaneis Rocha (MDB). Um vídeo gravado pelo réu, em 13 de junho, mostra ele chamando o chefe do Palácio do Buriti de “agiota safado“
O despacho da Justiça do DF é desta sexta-feira (18). A ação foi imposta por Ibaneis, em 30 de junho, quando ele apresentou uma queixa-crime contra André. O documento foi protocolado no Juizado Especial Criminal de Brasília e pede que o réu responda criminalmente por injúria.
O fazendeiro é também o dono de uma chácara que abrigou um grupo de extremistas de direita a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em Arniqueira.
Essa residência foi alvo de uma operação da Polícia Civil, em 21 de junho. Segundo os investigadores, o grupo usava o espaço para fazer treinamentos paramilitares.
Em junho, o delegado à frente do caso, Leonardo de Castro, da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), informou que a suspeita era de que o grupo se reunia na chácara de André para treinamentos.
As investigações contra o grupo foram abertas em maio. O inquérito apura ameaças contra autoridades, crimes contra a honra, porte ilegal de armas e milícia privada.
Durante a operação na chácara, no dia 21 de junho, os investigadores apreenderam fogos de artifício, anotações com planejamento de ações e discursos, cartazes, celulares e um cofre. À época, ninguém foi preso.