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nov 16 2020

Justiça do DF revoga prisão de ex-secretário de Saúde e outros cinco réus

Veja na íntegra o processo da operação que prendeu o secretário de Saúde do DF | Jornal de Brasília

A Justiça do Distrito Federal revogou, hoje (16), as prisões de seis réus doperação Falso Negativo, que investiga supostas fraudes na compra de testes para Covid-19 pela Secretaria de Saúde. A prisão deles foi decretada em 25 de agosto, quando ocorreu a segunda fase da operação.

Os beneficiados são:Francisco Araújo: ex-secretário de Saúde do DF (foto);  Eduardo Seara Machado Pojo do Rego: ex-secretário adjunto de Gestão em Saúde do DF;  Iohan Andrade Struck: ex-subsecretário de Administração Geral da SES-DF; Jorge Antônio Chamon Júnior: ex-diretor do Laboratório Central do DF; Ramon Santana Lopes Azevedo: ex-assessor especial da SES-DF e Emmanuel de Oliveira Carneiro: ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde.

A decisão é da juíza Ana Cláudia de Oliveira Costa Barreto. Na ordem, ela afirma que os acusados estão presos há quase três meses e, nesse período, nem todos os réus foram citados no processo, o que configura “excesso de prazo na instrução criminal, impondo-se a revogação das prisões”.

Apesar de determinar a soltura dos réus, ela ordenou que eles usem tornozeleira eletrônica por seis meses, e fiquem apenas em um raio de 300 metros de casa e da sede do Tribunal de Justiça do DF. Também devem cumprir as seguintes medidas cautelares:

  • Proibição de manter contato com demais investigados, com os funcionários da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e também com quaisquer prepostos, responsáveis ou contratados das empresas envolvidas nesta Operação Falso Negativo;
  • Proibição de sair do Distrito Federal, salvo mediante autorização judicial e justificativa demonstrando a sua imprescindibilidade;
  • Proibição de ingresso em quaisquer órgãos públicos do Distrito Federal sem prévia autorização judicial, salvo as unidades do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, em que oportunamente deverá comparecer quando isso vier a ser determinado.

Ao todo, oito ex-gestores da cúpula da Secretaria de Saúde foram presos no âmbito da operação Falso Negativo. Além dos seis que tiveram a soltura determinada nesta segunda, dois já haviam conseguido a liberdade: Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde e Eduardo Hage, ex-subsecretário de Vigilância à Saúde.

O Ministério Público do DF acusa o grupo de orquestrar fraudes em quatro contratos da Secretaria de Saúde para compra de testes do novo coronavírus. Os promotores acusam o ex-secretário Francisco Araújo de “capitanear a organização criminosa” que favorecia empresas nas licitações.

Entre as irregularidades apontadas estão: superfaturamento, prazos inexequíveis para apresentação de propostas e desvio de recursos públicos. O prejuízo estimado é de, pelo menos, R$ 18 milhões. Os réus negam irregularidades.

Com informações de G1

Foto: Jornal de Brasília

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