O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liminar para tirar da prisão o secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, e outros três detidos na última terça-feira (25), na Operação Falso Negativo, que investiga irregularidades na compra de testes para Covid-19. A decisão foi assinada pelo ministro do Rogério Schietti.
Araújo está afastado do cargo desde que foi levado para a carceragem, na última terça-feira (25). A defesa dele disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Quem mais permanece preso e o que dizem os advogados:
- Ricardo Tavares Mendes: ex-secretário adjunto de Assistência à Saúde do DF. A defesa dele classificou a decisão do STJ como “absurda”.
- Eduardo Seara Machado Pojo do Rego: secretário adjunto de Gestão em Saúde do DF. A defesa entende que não há fundamento para a prisão preventiva e disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- Jorge Antônio Chamon Júnior: diretor do Laboratório Central do DF. O advogado de Chamon, não atendeu as ligações da reportagem.
O subsecretário afastado de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage, teve pedido de habeas corpus aceito.
Já em relação a Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde do DF, que também está detido, conforme o STJ, “não foi localizado no sistema da Corte processo que tenha Ramon como parte”.
Outro alvo da Operação Falso Negativo foi Iohan Andrade Struck. Ele não foi encontrado em casa na terça-feira. O advogado afirmou que Struck não está foragido, mas que se encontra isolado com sintomas de Covid-19 e que aguarda o resultado dos exames.
A operação Falso Negativo investiga supostas irregularidades na compra de testes para detecção da Covid-19. Na última terça-feira (25), durante a 2ª fase da operação, o Ministério Público do DF prendeu os integrantes do alto escalão da Saúde.
Segundo o MP, eles são suspeitos de integrar uma suposta organização criminosa que direcionou e superfaturou a compra dos testes rápidos do novo coronavírus na capital.
Com informações de G1
Foto: Correio Braziliense