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mar 25 2019

MEC só avalia alfabetização das crianças em 2021

Resultado de imagem para crianças de sete anos em escola pública

O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (25) uma portaria no Diário Oficial da União onde anunciou que não vai avaliar neste ano o nível de alfabetização das crianças brasileiras.

No ano passado, o governo do então presidente Michel Temer, afirmou que a avaliação da alfabetização começaria mais cedo, a partir dos sete anos de idade (2° ano do ensino fundamental).

No entanto, na portaria n° 271, do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelos exames, exclui as crianças de sete anos das provas nacionais de Português e Matemática que serão aplicadas em outubro.

As avaliações estão mantidas para os estudantes que estão terminando o ciclo do ensino fundamental, de 5° ano ao 9° ano, e do ensino médio, do 3° ano.

As provas são realizadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que existe desde a década de 1990 no país, e aplica provas de Português e Matemática. A partir desses dados, o MEC calcula, a cada dois anos, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é o indicador da qualidade do ensino brasileiro por estados e para o país.

Por meio de nota, o Inep afirmou que a avaliação de alfabetização foi adiada para o Saeb 2021 “quando as escolas de todo país tiverem implantado a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e estiverem ajustadas às políticas de alfabetização propostas pela referida Secretaria”. A BNCC, proposta pelo governo Temer, foi aprovada em 2017 e diz que a alfabetização tem que ser concluída ao final do 2° ano do ensino fundamental.

Os resultados do último Ideb, publicado em 2017, mostram que mais da metade dos alunos do terceiro ano do ensino fundamental no Brasil não dá conta de resolver problemas simples de Matemática e nem consegue localizar informações em textos de literatura infantil.

A avaliação classifica o conhecimento dos alunos em Matemática, Leitura e Escrita em quatro níveis. Em dois deles, o desempenho é considerado insuficiente para crianças dessa faixa etária e, nos outros dois, suficiente.

Em Matemática, 54,5% das crianças tinham nível de proficiência considerado insuficiente em 2017 – em 2014, penúltima edição da prova, o índice era de 57%.

Em Leitura, 54,7% das crianças estão nos níveis considerados insuficientes – em 2014, eram 56,1%.

Em Escrita, 34% dos estudantes apresentaram proficiência insuficiente – eles, por exemplo, não conseguem escrever corretamente palavras com diferentes estruturas silábicas, como lousa ou professor.

Fonte: JP

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