A parcela de 1%, composta pelas pessoas mais ricas do mundo, possui praticamente metade da riqueza global.
Este dado foi publicado numa matéria de O Globo. O Credit Suisse Research divulgou seu relatório global sobre renda, o Global Wealth Report 2014, confirmando o que o grupo Oxfam, em outros estudo, havia apontado no início do ano.
O relatório também mostra que a desigualdade continua crescendo, ecoando a acusação de ONGs de que a recuperação econômica da crise de 2008 “beneficiou os mais ricos”.
Segundo o estudo, o grupo 1% mais rico da população global possui mais de 48% da riqueza mundial. Os pesquisadores alertam que a crescente desigualdade poderá gerar recessão.
Uma pessoa precisa de apenas US$ 3.650 — incluído neste cálculo o valor patrimonial de moradia — para estar na metade dos mais ricos do mundo. No entanto, é necessário mais de US$ 77 mil para pertencer aos 10% mais ricos; e US$ 798 mil, para estar no topo dos 1%. Num contraste agudo, os 10% mais ricos detêm 87% da riqueza do mundo.
O relatório mostra que a riqueza global cresceu para um novo recorde: US$ 263 trilhões — mais de o dobro dos US$ 117 trilhões calculados em 2000. O aumento da riqueza global de US$ 20 trilhões em relação ao ano passado é o maior já registrado desde 2007. Esse volume vem crescendo desde 2008 e está hoje 20% acima do pico alcançado antes da crise, mostrou o estudo, mas fica quase tudo concentrado nas mãos de uma minoria.
Com respeito ao Brasil — cujo título do capítulo foi “O gigante adormecido” — os pesquisadores afirmaram que a renda familiar triplicou entre 2000 e 2014, avançando de US$ 7.900 por adulto para US$ 23.400. Mas os extremos da pirâmide continuam muito desiguais, com os muito ricos cada vez mais ricos e a parcela da extrema pobreza cada vez mais miserável.
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