São oferecidas oficinas de segunda a sexta-feira, com professores voluntários, nos períodos matutino e vespertino. Há cursos de crochê no lacre, corte e costura, teatro, macramê, gravura e xilogravura, bordado, costura criativa, argamassa (efeito madeira em madeirite), tecelagem e bordado em ponto russo. A disponibilidade das turmas deve ser consultada pelo telefone 3301-3590. O Museu funciona de 9h às 17h.
A aposentada Auxiliadora Guenes, 70, é uma das professoras da oficina de corte e costura. Nascida em Pernambuco, veio para Brasília em 1968, acompanhando a família e, em tantos anos chamando o DF de casa, morou em diversas cidades. “Quando chegamos, era tudo mato. Existiam poucas cidades, além do Plano Piloto, mas passei por quase todas”, relembra.
O MVMC abrigou a primeira unidade de saúde brasiliense, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), criado para atender a todos que ajudavam a erguer a capital federal. O complexo seguiu em funcionamento até 1974, quando foi fechado. Em 1990, o Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu o tombamento do conjunto de casas, permitindo o processo de restauração do espaço. Em 26 de abril de 1990, o local foi reaberto e inaugurado como um símbolo histórico.
Para a gerente do espaço, Eliane Falcão, o museu carrega uma missão importante, que tem sido cumprida com sucesso em 33 anos de existência: preservar o patrimônio do DF. “Aqui guardamos a história dos pioneiros, do candango, da nova capital. Aqueles que participaram da construção e ainda estão vivos ficam muito felizes em ver que contamos a história deles”, avalia.
Gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o museu oferece, além de oficinas gratuitas, exposições permanentes. Uma delas é Poeira, Lona e Concreto, que narra a história da cidade desde os sonhos, os projetos, a construção, até os dias atuais. A mostra é composta por diferentes ambientações, com fotografias, textos, móveis e objetos do início de Brasília. O espaço passou por restauração completa em 2022.
Outras mostras disponíveis são A importância da mulher na construção da nova capital, O cerrado de Pau e Pedro, A construção de Brasília: fotos de Jankiel Gonczarowska, Brasília 63 anos – a concretização de um sonho e Candangos pioneiros: Ernesto Silva e Edson Porto.
As exposições podem ser visitadas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Em horários agendados, o museu promove visitas guiadas que têm como foco a educação patrimonial e a história de Brasília. “Em média, recebemos dois mil visitantes por mês, sendo que a maioria são estudantes do DF e de todo o Brasil”, informa Falcão.
As visitas podem ser marcadas pelo projeto Territórios Culturais, fruto de parceria da Secec com a Secretaria de Educação (SEE). Para participar, instituições de ensino públicas e particulares interessadas devem preencher o formulário disponível neste site.
É possível ainda combinar uma visita guiada ao museu diretamente com a gerência. Basta enviar o nome do solicitante e da instituição de ensino, telefone e e-mail para contato, endereço da escola, data e horário da visita, quantidade de visitantes (alunos, professores, monitores, motorista), faixa etária e série escolar dos alunos para o e-mail mvmc@cultura.df.gov.br.
Fonte: Agência Brasília – Catarina Loiola
Foto: agência Brasília