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ago 29 2023

No Brasil, espera por transplante de coração foi menor que 30 dias para 27,5% dos pacientes

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No Brasil, de 1º janeiro até 27 de agosto deste ano, o tempo de espera para transplante de coração foi menor do que 30 dias para 72 dos pacientes na lista – o equivalente a 27,5% do total de pessoas transplantadas. Para outros 65 pacientes (29%), o tempo de espera foi de 30 a 90 dias.

Isso significa que mais da metade do percentual de pacientes (52,3%) teve a oportunidade de receber a doação em até três meses, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

Daniela Salomão, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, explica que o transplante cardíaco é um procedimento que necessita de agilidade. “As pessoas que entram na lista são pessoas com necessidades urgentes. O sistema brasileiro trabalha exatamente para conseguir alcançar esse resultado no menor tempo possível”, detalha Daniela, reforçando que o SNT possui critérios para elegibilidade do procedimento, como a compatibilidade de grupo sanguíneo, peso, altura, além, dos critérios de gravidade que formam a prioridade na lista.

“O paciente passa a ser prioridade com critérios específicos. Por exemplo: paciente fez um transplante hoje e aquele coração transplantado não funcionou bem, não está bombeando adequadamente. Este paciente terá o maior nível de prioridade. É o caso de quem está utilizando uma circulação extracorpórea também. Esses são os mecanismos máximos de prioridade no nosso sistema”, acrescenta Daniela.

Em segundo lugar na lista de critérios técnicos, ficam os pacientes que estão usando droga vasoativa que ajuda o coração a ter mais força para bombear o sangue em um período superior a seis meses. Em terceiro lugar, são priorizados os pacientes que estão utilizando a medicação vasoativa, mas por um período inferior a seis meses. Depois, são priorizados os pacientes que estão em casa aguardando o transplante.

Todos os critérios são computados dentro de um sistema informatizado. Quando um paciente receptor é inserido no sistema pela equipe de transplante, todos esses dados são informados. Quando são inseridos os dados do doador, é o sistema informatizado, por meio de algoritmos, prevendo todos os critérios, que vai gerar a lista de pacientes aptos a receber o órgão doado.

O Sistema Nacional de Transplantes, cuja função de órgão central é exercida pelo Ministério da Saúde, é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no País, para desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoéticas para fins terapêuticos.

O Ministério da Saúde reforça que a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada. A pasta reitera, ainda, que o sistema é auditável, sendo possível a apuração de qualquer atualização incorreta na lista de transplantes.

O Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo. A estrutura, gerenciada pelo Ministério da Saúde, assegura que 90% das cirurgias atendam à rede pública. No primeiro semestre de 2023, foram realizados 206 transplantes de coração no país, aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. Para doação de órgãos, é fundamental que a pessoa interessada deixe clara para a família a sua vontade de doar. No Brasil, a doação só pode ser realizada com a autorização da família.

Fonte/foto (Internet): MS – Nathan Victor

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