De acordo com o estudo “As mulheres no Distrito Federal: desigualdade, inserção no mercado de trabalho e cuidados com a casa e a família”, divulgado pela Codeplan na sexta-feira (6), as regiões administrativas em que há maior percentual de mulheres encarregadas pelo domicílio são Paranoá (56,5%), Varjão (54,8%) e Taguatinga (54,6%). O estudo é parte da série “Retratos Sociais DF 2018”, que traça o perfil de grupos populacionais do Distrito Federal com base em dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD/2018) e da Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED).
O Distrito Federal possui 1.504.068 mulheres, o que representa 52% da população total. Nota-se que as mulheres representam a maior parcela da população em todas as faixas etárias a partir dos 25 anos, enquanto os homens são maioria nas faixas etárias de até 24 anos. Em relação à raça/cor, 46,7% das mulheres do Distrito Federal se autodeclaram pardas, 42,4% brancas e 9,2% negras.
o que se refere à escolaridade, as jovens de 18 a 24 anos estão mais presentes no ensino superior do que os homens. No grupo de alta renda, 91% das mulheres nesta faixa etária estão matriculados no nível superior, frente à 82,9% dos homens na mesma condição. No grupo de baixa renda, 59,6% das mulheres nesta etária se encontram no nível superior, frente à 39,6% dos homens na mesma condição.
No Distrito Federal, 46,1% das mulheres com 14 anos ou mais estão trabalhando e 62,9% dos homens na mesma faixa etária também. As regiões administrativas com as menores taxas de participação de mulheres no mercado de trabalho são a Fercal (34,3%) e SCIA-Estrutural (37,8%), e as RAs em que a maior proporção de mulheres trabalham são Sudoeste/Octogonal (56,9%) e Águas Claras (55,2%). Comércio e serviços são os setores de atividade que a maior parte das mulheres empregadas estão inseridas.
O trabalho de cuidado com a família no Distrito Federal é realizado, em sua maioria, por mulheres entre 20 e 59 anos e por homens entre 30 e 59 anos. De acordo com a PNADC/2017, a principal atividade realizada foi a de cuidado com crianças, idosos, enfermos ou pessoas com necessidades especiais, a qual 32,6% das mulheres de 20 a 29 anos e 35,9% das mulheres de 30 a 59 anos se dedicam, frente à 33,6% dos homens de 30 a 59 anos. A diferença entre homens e mulheres que realizam tal atividade é maior entre os jovens, visto que a partir dos 30 anos o índice se torna mais equivalente.
Nos afazeres domésticos, 92,8% dos homens de 30 a 59 anos realizam alguma tarefa doméstica no próprio domicílio – entre as mulheres da mesma faixa, essa taxa é de 97,3%. A maior diferença entre homens e mulheres nos afazeres domésticos é encontrada nas atividades de preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar a louça, que chega a mais de 25%, com 93,9% das mulheres e 67,2% dos homens de 30 a 59 anos.
Com informações de Agência Brasília