O Distrito Federal tem a maior desigualdade do País em relação ao rendimento domiciliar por indivíduo. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada hoje (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o levantamento, o índice de desigualdade no DF ficou “bem acima” da média nacional.
O estudo utilizou o chamado índice de Gini para realizar a amostragem. A metodologia mede a concentração de renda apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos, o que resulta em uma taxa que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima).
Enquanto a média nacional é de 0,524, o índice do DF chegou a 0,548 em 2020.
Os moradores da capital que fazem parte do 1% da população com rendimentos mais elevados receberam R$ 20.871, o que é 31,2 vezes mais do que a renda da metade da população com os menores rendimentos.
A vulnerabilidade não foi maior por causa do auxílio emergencial. No início da pandemia, 14,6% dos domicílios do Distrito Federal receberam algum programa social do governo além do Bolsa Família. Essa porcentagem era de apenas 0,5% em 2019.
A pesquisa mostra que a população do Distrito Federal é composta de 3.053.000 moradores. Entre aqueles que recebiam algum tipo de rendimento, estavam 1.831.000 pessoas em 2020, ou seja, 60% da população. O número representa uma pequena redução em relação a 2019, de 1,1 ponto percentual.
O rendimento médio mensal da população da capital ficou em R$ 3.974. Essa é a maior renda entre todas as unidades da federação, mas apresentou redução de 5,9% em comparação com 2019, antes da pandemia.
Fonte: R7 – Alan Rios
Foto: Agência Brasília