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maio 01 2017

OBA! UM FERIADO IDEAL PARA QUEM JÁ TRABALHOU MUUUUIIIITO!

Dia do Trabalhador! Será que faço jus ao nome?

Aos 13 anos, em Salvador, meu pai chegou em casa e disse que tinha arranjado um trabalho para mim. Hoje seria um crime! Ele era comerciante, com grana, mas fez os filhos trabalharem desde cedo. “Você vai dar aulas de reforço para os filhos do meu sócio, o Ivo”.

Designei minha mãe, Cecília, para gerenciar minha “carreira”. E fui o rei da segunda época, o rei da recuperação, até os 17 anos, dando aulas principalmente de Matemática. Ganhava bom dinheiro e tinha sempre alunos na fila…

Com 17 anos, havia passado no vestibular de Arquitetura e fui visitar o amigo Cid Seixas, que era jornalista no Diário de Notícias da Bahia. Ele estava entrevistando o hoje célebre compositor Riachão.

Entrei na entrevista e demonstrei aptidão. No dia seguinte, já tinha motivo para comemorar o Dia do Trabalho: estava empregado como jornalista estagiário.

Em mais de 50 anos de trabalho, já tive mais de cem atividades equivalentes a emprego (trabalho fixo, com mesa, fone, secretária, etc). Jornalista, mesmo sem ser Clark Kent, consegue fazer isso na vida.

Houve época em que trabalhei ao mesmo tempo em três lugares, um em cada turno (nessa época, fazia a primeira página do Correio Braziliense, das 20h às 23h). E nem sentia o esforço, pois vivia sob grande motivação.

Às vezes, chegava em casa às 11h da noite e tinha de jogar bola no corredor do apartamento com o Gil, meu primogênito, que estava esperando o parceiro para o golzinho – carente de pai.

Na década de 80, no Correio Braziliense, muitas vezes tomei conta dos meus filhos enquanto fazia a primeira página (comprava pizza e Coca-Cola, e ligava a TV para eles, gente boa que são, até podermos sair).

Depois de tanto trabalhar, reconheço que hoje adoro feriados, pois ainda estou em atividade (embora aposentado).

O Brasil é o melhor país do mundo, pela quantidade de feriados. Pernas para o alto, sempre! (RENATO RIELLA)

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