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fev 18 2019

OMS alerta 20 estados e DF sobre risco de onda de febre amarela

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o alerta sobre a febre amarela no Brasil e ampliou a área onde a vacinação é recomendada para estrangeiros e turistas que visitem o país.

De acordo com a entidade, o Brasil pode estar enfrentando a ‘terceira onda’ de contaminação: a primeira aconteceu no período sazonal de 2016 e 2017, com 778 casos em humanos, incluindo 262 mortes; a segunda ocorreu durante o período sazonal de 2017 e 2018, que apresentou 1376 casos humanos, registrando 483 óbitos. Agora, o novo surto mostra progressão em direção ao Sul e Sudeste do país.

A OMS sugere que a vacina seja adotada por quem vai viajar para os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Tocantins, Santa Catarina e São Paulo. A recomendação é de que seja aplicada uma única dose da vacina dez dias antes do embarque para esses destinos.

A vacina contra a febre amarela faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e é distribuída mensalmente para todos os estados. Conforme recomendação da OMS, o Brasil adota o esquema de dose única da vacina desde 2017. Em comunicado, o Ministério da Saúde disse que este ano já foram enviadas 1,1 milhão de doses “para atender a demanda dos estados”. O público-alvo para a vacina são pessoas de nove meses a 59 anos de idade que nunca tenham se vacinado ou sem comprovante de vacinação.

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Ela apresenta dois ciclos de transmissão: o silvestre  – transmissão em área rural ou de floresta – e o urbano. No Brasil, os surtos são provocados pela forma silvestre; casos da febre amarela urbana, que são transmitidas pelo Aedes aegypti, não são registrados no país desde 1942.

Os sintomas mais comuns da doença são dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A recuperação da maioria dos pacientes acontece depois dessas manifestações.

Entretanto, cerca de 15% evoluem para a versão mais grave depois de mostrar sinais de melhora (que duram até um dia). Nesta fase, o paciente apresenta febre alta, hemorragia e icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos). Algumas pessoas ainda sofrem choque e insuficiência cardíaca; Nesses casos, entre 20% a 50% das pessoas podem morrer, segundo o Ministério da Saúde.

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