Mulheres grávidas devem evitar viagens para locais como o Brasil, onde circula o vírus Zika, recomendou a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.
É um problema seríssimo para o Brasil, que se prepara para receber milhares de visitantes nas Olimpíadas do Rio.
A OMS declarou, em Genebra, situação de emergência em saúde pública de interesse internacional devido à possível relação entre o Zika e o nascimento de crianças com microcefalia.
O comitê emergencial técnico da OMS, criado para estudar a situação, não vê motivos para restringir viagens ou comércio com os países afetados.
A recomendação da diretora-geral se aplica exclusivamente a mulheres grávidas.
No mês passado, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos fez a mesma recomendação às gestantes. Segundo a OMS, 23 países registram a circulação do vírus Zika, entre eles o Brasil.
Para Margaret Chan, a ação mais importante no momento é controlar a população do mosquito Aedes aegypti, vetor da zika, da dengue e da febre chikungunya.
A diretora também recomenda que as gestantes que estão nas áreas afetadas pelo mosquito se protejam com “repelentes seguros” e com “roupas longas”, para evitar a picada do mosquito.
Segundo a diretora-geral da OMS, a relação entre a infecção por Zika na gravidez e a microcefalia não é cientificamente comprovada, mas é “altamente provável”.