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abr 20 2024

Operação Catrimani II faz garimpeiros ilegais fugirem a pé da Terra Yanomami

Garimpeiros ilegais em área aberta na Terra Yanomami. — Foto: Ronny Alcântara/Rede Amazônica

Garimpeiros ilegais que operam na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, fugiram após serem flagrados durante uma operação de combate ao garimpo no território. Imagens mostram um grupo correndo para a floresta e até escondendo o maquinário utilizado na extração ilegal.

A ação foi na região do Rio Catrimani, um dos mais afetados pelo garimpo dentro do território, na quinta feira (18). A fiscalização faz parte da Operação Catrimani II, coordenada pelas Forças Armadas, em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Imagens mostram quando os agentes se aproximaram de uma área de garimpo em um helicóptero. Com a chegada deles, aos menos cinco invasores fugiram a pé para a floresta, deixando para trás a estrutura que alimenta a atividade ilegal, como motores que fazem a sucção de materiais do fundo do rio. Outros garimpeiros, no entanto, ainda resistiram e tentaram esconder o maquinário.

Os agentes ainda destruíram um acampamento utilizado como moradia por garimpeiros, montado na floresta. No local foram encontrados celulares e documentos de identificação, alguns de migrantes. Ninguém foi preso na ação.

De acordo com o diretor geral da Casa de Governo, que tem o objetivo de monitorar e enfrentar a crise, Nilton Tubino, o processo de atuação do garimpo mudou e isso impacta o monitoramento dele.

Inicialmente, os garimpeiros abriam áreas para extração, o que causava o desmatamento da floresta e, consequentemente, facilitava a localização deles. Agora, os grupos estão aprofundando as áreas que já estão desmatadas.

]”O garimpo mudou um pouco a sua atuação. Antes, você monitorava muito pelo desmatamento que o garimpo fazia, para abrir novas áreas tinha que desmatar e isso ajudava [as forças] a fazer o monitoramento. Hoje a gente tem uma outra realidade com o garimpo: ele está aprofundando as cavas que já estão abertas”, explica o diretor geral.

Segundo o chefe do Estado-Maior da operação, contra-almirante Luis Manuel de Campos Mello, a fase atual dela se concentra no ataque à infraestrutura do garimpo, além da construção de bases de apoio que devem dar suporte às operações. Elas também vão dar apoio às equipes de saúde.

Fonte: g1 – Ailton Alves, Yara Ramalho, Marcelo Marques

Foto: Rede Amazônica -: Ronny Alcântara

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