O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) deflagrou hoje (23) a operação Alto Escalão, que investiga o pagamento de propina na contratação de leitos para a rede pública de saúde na gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT). Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão pela 1ª Vara Criminal de Brasília.
De acordo com a apuração, o ex-governador e o ex-secretário de saúde do DF, Rafael Barbosa – nos cargos públicos entre 2010 e 2014 – teriam sido favorecidos por um repasse de 10% sob o valor de R$ 4.620.000,00 referente ao contrato, o que equivale a R$ 462 mil.
Durante as buscas nesta manhã, houve a apreensão de uma mala cheia de dinheiro, com notas em real e dólar.
Ela estava em endereço ligado à Adriana Aparecida Zanini, vice-presidente do Instituto Brasília Para o Bem-Estar do Servidor Público (IBESP), para onde os valores teriam sido transferidos. A quantia apreendida não foi divulgada.
Os alvos das buscas são Daniel Veras, Fabrício Andrade Carone, Ronaldo Pena Costa Júnior, Luiz Carlos do Carmo, João Kennedy Braga, Rafael de Aguiar Barbosa, Agnelo Santos Queiroz Filho, Ibesp, Clube Coat Eventos LTDA. ME, Wilhas Gomes da Silva, Mara Lucia Montandon Borges, Adriana Aparecida Zanini e Adalgisa Medeiros Teodoro.
A apuração é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, com apoio da Polícia Civil. A operação foi batizada de Alto Escalão e é um desdobramento da Operação Checkout, que gerou denúncia contra servidores da saúde, pois teriam sido beneficiados de forma ilícita por empresa com pacotes de turismo, como contrapartida pela contratação de leitos.
Com inormações de agências
Foto: Veja