Desde menino, a cada vez que assistia a um filme encantador, era quase inevitável que viesse junto uma paixão furiosa pela protagonista, que virava personagem dos meus sonhos de menino.
Sonhava e imaginava que vida levavam aquelas atrizes arrebatadoras. Como conseguiram chegar ao estrelato? Por que nem sempre as mais bonitas vingavam como atrizes?
Comecei a perceber como as coisas funcionavam quando li sobre a tragédia de Marilyn Monroe, a maior sex-simbol do cinema, que virou bola de pingue-pongue nas mãos – e não só mãos – de produtores, diretores e até presidentes. Virou personagem de uma permanente pajelança sexual.
Ao ouvir o discurso de Oprah Winfrey ontem entendi definitivamente como funciona o mundo do cinema, um negócio que lida com mulheres (e homens, óbvio) bonitas.
Parecia uma guerra perdida, mas depois do discurso dessa notável guerreira Oprah, passei a acreditar que pode ser diferente.
Aliás, tudo pode sempre mudar, mas as mudanças dependem da ação enérgica e pertinaz dos cidadãos. Depende da capacidade e da disponibilidade dos cidadãos para a luta política.
Será que aqui no Brasil a gente consegue aprender isso a tempo?