PAULO TIMM
Salário médio de um Juiz no Brasil é de R$ 42 mil – sendo que no próspero e desenvolvido estado de Rondônia é R$ 68 mil. Uma juíza desse estado que vive às expensas da União, graças às transferências constitucionais da União, via Fundo de Participação dos Estados, recebeu mais de R$ 200mi.
Mas diz a Presidente do Supremo, em entrevista sobre a lista com as remunerações dos Juízes: -“Nem tudo que está acima do teto é ilegal (…) vamos ver os dados reais…”
O teto do setor público, para os servidores, é R$ 33 mil, equivalente, aliás, ao salário de um ministro do Supremo, mais de 30 vezes o valor de um salário mínimo. Só isso já é um escândalo.
Um arco de 10 vezes o mínimo seria o suficiente para acomodar os diferenciais de produtividade, num país ainda subdesenvolvido, com carências no campo da saúde, da educação e na infraestrutura.
São estes supersalários do Judiciário e do Legislativo que elevam sobremaneira o salário médio dos servidores públicos, os quais, manipulados pela ofensiva ideológica contra o Estado e contra os funcionários públicos, acaba culpando-os genericamente pela crise fiscal.
Se quisermos , realmente, saber se os salários no setor público estão mais altos do que no setor privado, esta comparação deve ser feita por categoria profissional, juntando-se, aí não só o valor dos salários pagos, mas o custo dos mesmos pela fonte pagadora e seus reflexos na Previdência, em razão do tempo mínimo exigido de contribuição.