Foto:RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
As três colunas com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina se entraram na região central de Brasília. Eles defendem o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. A movimentação deles, rumo à Torre de TV, onde se reúnem às 10h30, afetou o trânsito nas principais vias de acesso ao coração da cidade nesta terça-feira (14/8).
Nas estradas Parque Indústria e Abastecimento Norte (Epia), Indústria e Abastecimento Sul (Epia) e Aeroporto (Epar) há registro de 26 quilômetros de congestionamentos por conta da movimentação.
Por conta da movimentação dos manifestantes, as faixas exclusivas foram liberadas até as 23h59 de hoje, exceto a do BRT. Segundo os últimos números divulgados pela coordenação do movimento, cerca de cinco mil pessoas estão em Brasília.
Os militantes partiram de três pontos diferentes – Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (área rural do DF) – e cada uma das colunas percorreu entre 50km e 90km. Nesta quarta (15), eles se reúnem em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando o PT formalizará o registro de seu candidato a presidente. Os manifestantes prometem se encontrar às portas do TSE às 14h para defender a participação de Lula nas eleições de 2018.
A unificação das colunas será no centro de Brasília, próximo à fonte da Torre de TV. “Será um momento de muita mística. Vamos ver, rever e até mesmo conhecer companheiros/as de luta, que marcharam uma média de 50km por Lula Livre e contra os retrocessos da reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores. Temos absoluta certeza que a retomada da democracia se dá com povo na rua”, disse Rosa Maria, integrante da direção nacional do MST.
Após o encontro, o grupo vai para o estacionamento localizado entre o estádio Mané Garrincha e o ginásio Nilson Nelson, onde ficará acampado em preparação para as atividades de registro da candidatura de Lula à presidência da República.
Registro de candidatura
Lula foi oficializado candidato pelo Partido dos Trabalhadores em 4 de agosto. O petista está preso desde de 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após condenação em segunda instância na Operação Lava Jato, por corrupção e lavagem de dinheiro. Sua sentença é de 12 anos e 1 mês de prisão. Pelas regras da Lei da Ficha Limpa, condenados em segunda instância são inelegíveis, mas a Justiça Eleitoral ainda se pronunciará após o registro da candidatura.