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maio 20 2016

PEDRO PARENTE, EX-FHC, VAI ASSUMIR PETROBRAS SEM FAZER NOMEAÇÕES POLÍTICAS

O Brasil exige do novo governo Temer informações completas sobre a Petrobras, com a realidade nua sobre esta empresa em crise.

Passamos a ter esperança de obter esta realidade após saber ontem que o novo presidente da Petrobras será Pedro Parente, um técnico que se destacou no governo Fernando Henrique Cardoso pela seriedade.

Ontem, confirmado no cargo, disse que não haverá indicações políticas na estatal. Segundo ele, esta é a “orientação clara” de Temer.

“A relação do governo com a Petrobras é de acionista controlador. Portanto, o seu primeiro interesse é o sucesso da empresa. É assim que o presidente Michel Temer vê, é assim que eu também vejo e é assim que a gente vai trabalhar. Teremos uma visão absolutamente profissional, voltada aos interesses da empresa e dos acionistas”, disse.

Pedro Parente informou que pode manter ou tirar os atuais executivos da estatal. “Isso é prerrogativa do presidente-executivo. Na Petrobras, os mecanismos de governança funcionarão como tem de funcionar em qualquer empresa de grande porte. Posso tanto indicar novos diretores quanto propor a saída. É um processo natural.”

Antes de Parente responder a perguntas de jornalistas, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que, para assumir o cargo, Parente precisa ter o nome aprovado pelo Conselho de Administração da empresa.

O processo de transição será coordenado pelo conselho da estatal, mas Parente afirmou não ter agendado nenhuma conversa ainda.

De acordo com o presidente indicado, as informações preliminares que tem dão conta de que há um processo de auditoria das contas da empresa após os casos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato, mas “não existe orientação para reauditar” os números.

Estou consciente de minha responsabilidade. Não posso ter certezas quando tenho poucas informações. Tenho conhecimento pela imprensa de que há um programa de desinvestimentos em andamento. Nesse conjunto que mencionei, certamente tem de ser avaliada sua continuidade. Mas não posso dar detalhes”, adiantou sobre a possibilidade de venda de ativos da estatal.

Como ocupa atualmente a presidência do Conselho de Administração da BM&FBovespa, Parente informou que se afastará do cargo caso haja conflito de interesses, mas que sua vontade é de continuar, porque ele conduz no momento processos importantes.

Questionado se, antes de aceitar o convite, pediu opinião ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de quem já foi ministro, o futuro presidente da Petrobras disse que dialoga com ele sempre que pode, mas que não conversou “especificamente sobre essa questão”.

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