(EDUARDO MONTEIRO) – Walter Abrahão, um dos mais importantes nomes da narração esportiva do Brasil, tinha lá sua veia profética. “Ele”, era como se referia ao craque Pelé, como se estivesse falando de uma divindade. E não era?
Pelé virar adjetivo pode ter sido realmente obra da Justiça Divina. Revendo o lance, esse pontapé inicial torna o tapete do vernáculo mais um palco para o Rei do Futebol brilhar.
Um lance incrível que abre a possibilidade para que muitas bolas divididas culminem em verdadeiros golaços, fazendo a galera do mundo inteiro vibrar com o mais espetacular dos esportes.
A jogada é a seguinte: a partir de agora, Beckenbauer poderá bater no peito e dizer:
-Eu sou o Pelé do futebol alemão!
O mesmo poderá fazer Cristiano Ronaldo em Portugal, seguido por Mbappé ou Zidane na França, Bobby Charlton na Inglaterra, Crujff na Holanda, Salah no Egito, Courtois na Bélgica, Lewandowski na Polônia, Puskas na Hungria (in memoriam) – e por aí segue o jogo…
O mais importante é que, finalmente, nossos hermanos poderão bradar com todo o orgulho:
-Maradona e Messi são os nossos Pelés do futebol argentino!
