Brasília tem, atualmente, cerca de 208.111 microempreendedores Individuais (MEI) registrados. A maioria é composta por homens (52,54%), com média de idade de 40 anos. Os dados são do Ministério da Fazenda e fazem parte de um levantamento feito pela MaisMei, plataforma focada em gestão de negócios para o MEI, com o objetivo de entender o perfil dos microempreendedores do município.
Entre as principais atividades exercidas, as cinco primeiras são: Outros transportes rodoviários de passageiros não especificados anteriormente; Atividades de contabilidade; Serviço de transporte de passageiros – locação de automóveis com motorista; Tinturarias; Transporte marítimo de cabotagem.
Segundo Kályta Caetano, head de Contabilidade da MaisMei, esse cenário revela que Brasília oferece oportunidades em diversas áreas distintas, promovendo uma concorrência saudável e possibilidades de inovação.
“Se a sua atividade principal como microempreendedor se encontra entre essas cinco, é um bom sinal, considerando que onde há competitividade, há também demanda. Se você pensa em iniciar algum desses serviços na região, poderá cobrar um preço competitivo. Por outro lado, para os que exercem outras atividades nota-se uma excelente oportunidade para sua empresa se destacar pelo pioneirismo devido à baixa concorrência”, explica.
Entre os microempreendedores individuais de Brasília, mais da metade atua de forma convencional, presencialmente: 20,1% trabalham porta a porta, em postos móveis ou como ambulantes, enquanto 33,8% têm estabelecimento fixo. 19,3% atuam pela internet, enquanto outras modalidades que também dependem da tecnologia apresentaram baixa relevância, como as máquinas automáticas (1,9%).
Kályta Caetano avalia que a baixa adesão digital pode estar relacionada às dificuldades que os MEIs em geral enfrentam para conseguir crédito – e consequentemente para investir em ferramentas de tecnologia, como mostrado por uma pesquisa realizada dentro da própria plataforma da MaisMei em 2023.
“Percebemos que, entre a nossa base de microempreendedores cadastrados, a falta de acesso ao sistema financeiro foi apontada como principal dificuldade para alavancar as vendas e a procura pelos serviços. Cerca de 49%, quase metade dos participantes, responderam que necessitavam de empréstimos para sustentar seus negócios durante o primeiro semestre deste ano, enquanto mais de 40% afirmaram que solicitaram crédito, mas obtiveram resposta negativa”, afirma a contadora da plataforma.
A pesquisa realizada pela MaisMei ouviu mais de seis mil microempreendedores individuais, ativos em sua base de cadastro. Outros dados sobre a atuação de MEIs em Brasília podem ser conferidos nesta página especial que compila mais informações sobre a cidade e a atividade dos MEIs: O perfil do MEI em Brasília.
Fonte: Compliance Comunicacao – Caique Rocha
