O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou hoje (28) pesquisa sobre o uso de tecnologia digital avançada nas indústrias de médio e grande porte no ano passado. Em 2022, 84,9% (8.134) das 9.586 empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas utilizaram pelo menos uma tecnologia digital avançada.
A computação em nuvem foi a mais declarada (73,6%), seguida por internet das coisas (48,6%), robótica (27,7%), análise de big data (23,4%), manufatura aditiva (19,2%) e inteligência artificial (16,9%).
A maioria das empresas investigadas (31,5%) fez uso de duas tecnologias e 27,7% utilizaram apenas uma. Somente 3,7% das empresas fizeram uso de todas as tecnologias investigadas.
Os maiores percentuais de uso localizado por área/função se deram: em desenvolvimento de projetos, para a utilização de análise de big data (78,8%); em produção, para a utilização de computação em nuvem (71,2%), inteligência artificial (84,8%), internet das coisas (76,7%) e manufatura aditiva (88,2%); e em comercialização, para a utilização de robótica (84,3%).
Todas as tecnologias mostraram os maiores percentuais de utilização abrangente na área/função de administração, sendo o maior percentual verificado para a tecnologia de análise de big data (45,7%).
O benefício mais apontado no uso de tecnologia digital avançada foi a maior flexibilidade em processos administrativos, produtivos e organizacionais (89,8%), seguido pelo aumento da eficiência (87,6%).
Entre os fatores para adotar as tecnologias nas empresas, as maiores proporções ficaram com a estratégia autônoma da empresa (87,0%) e a influência de fornecedores e/ou clientes (63,0%).
Os principais fatores que dificultaram o uso de tecnologias foram os altos custos (80,8%), a falta de pessoal qualificado na empresa (54,6%) e riscos econômicos excessivos (49,5%).
Quase metade (47,8%) das empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas implementou o teletrabalho em pelo menos algum grau.
Fonte: IBGE Irene Gomes e Umberlândia Cabral