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mar 26 2021

PF faz buscas em endereços de suspeitos de serem vacinados ilegalmente contra a Covid-19

Vacinação clandestina' que teria custado R$ 600 é investigada pela Polícia  Militar de Minas Gerais - País - Diário do Nordeste

A Polícia Federal (PF) iniciou hoje (26), buscas em endereços ligados à Viação Saritur, em Belo Horizonte. A corporação investiga seempresários do setor do transporte foram vacinados ilegalmente contra a Covid-19.

A Operação Camarote apura a suposta importação e administração irregular de vacinas. A suspeita é de que houve importação irregular de doses da Pfizer e receptação, segundo a PF.

Buscas foram realizadas em uma garagem no bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital, onde teria ocorrido a vacinação. Um vídeo mostra movimentação anormal no local na terça-feira (23). Imagens internas de segurança devem ser analisadas pela PF para tentar comprovar o episódio.

A PF investiga a suspeita de quatro crimes. Um deles é de importação de mercadoria proibida, caso a eventual aquisição das doses tenha ocorrido antes da aprovação da lei que trata da compra de vacinas por pessoas jurídicas.

Caso as doses tenham sido compradas após a aprovação da lei, a suspeita é de crime de descaminho. Ainda é apurado se houve falsificação ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, caso o episódio tenha ocorrido antes do registro da vacina da Pfizer na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também é apurada suspeita de receptação pelas pessoas que receberam a vacina. Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram expedido pela 35ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte para que sejam recolhidas provas relativas ao caso.

A informação sobre a vacinação dos empresários foi publicada na edição online da revista Piauí. O Ministério Público Federal (MPF) também investiga a denúncia.

De acordo com a reportagem, um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares, teriam tomado a primeira das duas doses da vacina contra Covid.

A reportagem diz que eles teriam comprado o imunizante por iniciativa própria –cometendo duas irregularidades: fazendo a aquisição e vacinação antes que os 77 milhões de brasileiros dos grupos prioritários tenham sido vacinados, e sem a doação de metade das vacinas adquiridas ao SUS, como prevê a lei.

Ainda segundo a reportagem, cada vacina custou R$ 600 e a segunda dose está prevista para ser aplicada nas cerca de 50 pessoas daqui a 30 dias.

A revista afirma ainda que a vacina aplicada seria da Pfizer. A Pfizer negou a venda de vacinas fora do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Entre os vacinados, segundo a Piauí, estaria o ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. Ao G1, ele disse que desconhece o assunto e que está em quarentena, no Sul de Minas, há dois meses.

Com informações de G1

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