Astrônomo e geodesista que “desvendou com precisão e sensibilidade caminhos, belezas e riquezas naturais do quadrilátero que abrigaria a nova Capital”, o belga Luiz Cruls (1848-1908) agora dá nome ao Planetário de Brasília, situado no Eixo Monumental. É o que determina a LEI Nº 6.854/2021, de autoria da deputada Arlete Sampaio (PT), publicada no Diário Oficial do DF ontem (20).
Ao apresentar a proposta em 2019, a deputada salientou que a sugestão partiu de professores que promovem a Educação Patrimonial no processo de aprendizagem da rede pública de ensino do Distrito Federal, “em evento de meu mandato em que se comemorava o Dia do Patrimônio Cultural, fato que agrega valor inestimável à proposição”. Além de ser aprovada em plenário, a mudança de designação foi debatida em audiência pública da Câmara Legislativa.
A Comissão Exploradora do Planalto Central, composta por 21 pessoas e chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga Louis Ferdinand Cruls – conhecida como Missão Cruls –, demarcou uma área de 14.400 Km², considerada adequada para a futura capital, que ficou conhecida como “Quadrilátero Cruls”.
A partir daí, a construção de Brasília foi ganhando corpo em diversos momentos históricos, culminando com sua inauguração, pelo presidente Juscelino Kubitschek, até ser tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio histórico e cultural da humanidade, em 1987.
A equipe de Cruls era composta por pesquisadores, geólogos, geógrafos, botânicos, naturalistas, engenheiros e médicos, entre outros, e realizou estudos científicos até então inéditos na região, mapeando aspectos climáticos e topográficos, além de estudar a fauna, a flora, os cursos de rios e modo de vida dos habitantes.
Com informações de Ascom/CLDF