«

»

abr 25 2024

Polícia do Rio de Janeiro prende milicianos e policiais militares e civil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), cumpre, hoje (25), 12 mandados de prisão e oito de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia que atua na Comunidade Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá.

O Gaeco denunciou à Justiça 16 pessoas por associação criminosa, extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas, bem como corrupção ativa.

Entre os denunciados na operação Naufrágio estão um policial civil e dois policiais militares. Na denúncia, o Gaeco aponta a estreita relação existente entre os integrantes do grupo criminoso e os policiais. A ação conta com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Militar, da Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL), da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e da DC-Polinter.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa e são cumpridos em diversos endereços do Rio de Janeiro. Foi determinada a suspensão das funções públicas dos policiais militares e do policial civil. Também foram determinados o sequestro de bens e o bloqueio de valores das contas dos denunciados, além de outras medidas cautelares.

De acordo com o Gaeco, o grupo criminoso mantinha envolvimento com PMs para que fornecessem informações privilegiadas. A relação com policiais civis servia para que não fossem “incomodados” na realização de suas atividades criminosas com investigações e eventuais prisões em flagrante, mediante pagamento de valores indevidos, de forma periódica. Além disso, os agentes de segurança forneciam material bélico (desviados de apreensões) e até uniformes aos criminosos.

A partir dos dados levantados pelo Gaeco, verificou-se uma extensa rede criminosa, com diversos áudios determinando aos associados e subordinados cobranças de taxas, compra de material bélico, entre outras atividades, incluindo pagamento de propina a policiais militares e civis. Um dos denunciados, que inclusive exercia função de liderança na milícia da Comunidade Bateau Mouche até o final do ano de 2021, foi desligado do grupo criminoso e passou a fazer parte da “Milícia do Zinho”, que atua em outras localidades da Zona Oeste.

Também entre os denunciados pelo Gaeco há um homem que já foi preso temporariamente, por indícios de envolvimento com a prática de um delito de homicídio em 2017, em São Gonçalo, e atualmente se faz passar por policial civil, permanecendo no interior de delegacias policiais, utilizando arma, uniforme e distintivo, além de participar de operações em viatura oficial. O denunciado tem contatos com diversas unidades policiais e, inclusive, nos quadros da Corregedoria da corporação.

Fonte: Ascom/MPRJ

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*