A Polícia Federal realiza hoje (19/2), com o Tribunal de Contas da União, a Operação Fantoche, para desarticular organização criminosa voltada a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos, em seis Estados e Distrito Federal. A ação tem a participação de 213 policiais federais e oito auditores fiscais.
Segundo a PF, o presidente Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso em São Paulo. O presidente da Federação das Indústria de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, e outras oito pessoas também são alvos de mandados de prisão.
São cumpridos outros 40 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Alagoas. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
A maioria dos contratos eram voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados ou que não foram concluídos, com recursos desviados em favor do núcleo empresarial por meio de empresas de fachada, de acordo com a PF.
Segundo as investigações, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuou de forma contínua, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.
A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade eram superfaturados e/ou com inexecução parcial. Os recursos decorrentes deles eram posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial, por intermédio de empresas de fachada.