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dez 27 2022

Produção de cana-de-açúcar cresce 4,4%; cerca de 598,3 milhões de toneladas

Produção da safra atual de cana-de-açucar deve crescer 3,5%, diz Conab |  Agência Brasil

O terceiro levantamento da safra 2022/23 de cana-de-açúcar, divulgado hoje (27) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), traz uma estimativa de produção de 598,3 milhões de toneladas, um crescimento de 4,4% sobre o segundo levantamento da safra sucroenergética, anunciado em agosto deste ano.

O acréscimo foi motivado por ajustes na área colhida e produtividade obtida, principalmente no estado de São Paulo, maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil.

De acordo com o levantamento, a área de colheita também foi ajustada em cerca de 2,2% em relação aos dados apurados anteriormente, alcançando 8,3 milhões de hectares.

Esta safra foi marcada por índices pluviométricos e temperaturas abaixo do normal, registradas na Região Centro-Sul, que representa cerca de 90,2% da produção total do país. Ainda assim, a produtividade nacional está estimada em 72.026 kg/ha, 3,9% superior à obtida na temporada 2021/22, quando o clima foi ainda mais adverso para o setor.

O Sudeste, que produz o equivalente a 63,7% da safra nacional, terá um volume colhido 4,0% superior ao obtido na safra anterior. A área colhida caiu para cerca de 5,1 milhões de hectares devido à concorrência da cana-de-açúcar com outras culturas, mas a produtividade subiu, alcançando 74.571 kg/ha. Seguindo este movimento, no Centro-Oeste também houve pequenos ajustes na área e na produtividade em relação ao levantamento anterior, com um total de área estimado em 1,78 milhão de hectares, aumento de 3% na produtividade e com a colheita de 129,1 milhões de toneladas, incremento de 1,5% sobre o ciclo passado.

No Nordeste, devido a problemas climáticos na última safra, parte das lavouras foi abandonada ou dedicada a outros fins. Nesta temporada, muitas destas áreas retornaram à produção, observando-se um crescimento de 3,2% na área a ser colhida. Além disso, estima-se uma produtividade de 62.720 kg/ha, o que deve gerar uma produção de 54,82 milhões de toneladas, 10,1% superior à safra 2021/22. Já a Região Sul, nos últimos anos, tem perdido consistentemente área de cana-de-açúcar para outras culturas como soja, milho, mandioca e pastagens. A área colhida estimada na presente safra é de 496 mil hectares, 5,2% abaixo da safra anterior. A produtividade prevista de 59.572 kg/ha é 1,5% abaixo da safra passada e a produção deve chegar a 29,55 milhões de toneladas. Com relação ao Norte do país, apesar do incremento de área e de produtividade, a região é responsável por menos de 1% da produção nacional, com colheita prevista de 3,95 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no ciclo 2022/23.

O levantamento da Conab aponta que o Brasil deverá produzir 36,4 milhões de toneladas de açúcar nesta safra, um acréscimo de 4,1% frente à safra 2021/22. O motivo seria a virada na destinação da cana, sobretudo por razões mercadológicas e tributárias ao longo de 2022, que tornou a produção do adoçante mais rentável em várias das regiões produtoras. Quanto ao etanol total (proveniente do milho e da cana-de-açúcar), está previsto um  aumento de 4,2% para o biocombustível em relação à safra passada. Houve forte incremento no etanol à base de milho, com aumento de 30,7% em relação ao ciclo passado.  A produção total do país está estimada em 31,14 bilhões de litros, sendo 12,55 bilhões de anidro e 18,59 bilhões de hidratado.

Os levantamentos de safra realizados pela Conab também analisam a situação de mercado dos produtos. Nesta edição, verificou-se que os preços do açúcar e do etanol vêm sofrendo elevações desde setembro, ganhando maior intensidade durante novembro. Este movimento tem um componente sazonal, originado do período de entressafra no Brasil. Assim, com a expectativa de redução da oferta de cana-de-açúcar, a tendência é de aumento dos preços, em virtude do período de entressafra.

Fonte: Conab

Foto: EBC

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