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mar 27 2024

R$ 22,19 BI FORA DA BOLSA (NEWS RENATO RIELLA – 27 MAR)

Incertezas externas e ruídos na política brasileira têm levado investidores estrangeiros a retirar volumes expressivos de recursos da Bolsa de Valores do Brasil. Até o dia 22 de março, neste ano, as saídas de valores superaram as entradas em R$ 22,19 bilhões.

Entre possíveis causas, surge a intervenção do Governo Federal em grandes empresas, como Vale, Brasnken e principalmente Petrobras. Esta última gerou surpresa no mercado internacional com a mudança na política de dividendos.

 

DÉFICIT – Contas do Governo Lula registraram déficit primário (rombo) de R$ 58,44 bilhões em fevereiro deste ano, segundo a  Secretaria do Tesouro Nacional. Este déficit é o maior para o mês desde o início da série histórica em 1997. Os valores foram corrigidos pela inflação.

O resultado ruim das contas aconteceu apesar do bom desempenho da arrecadação, que somou R$ 186,5 bilhões em fevereiro, recorde histórico para o período. Os números de fevereiro foram ampliados pelo pagamento de R$ 30 bilhões em precatórios (decisões judiciais).

No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, as contas do Governo registram superávit primário de R$ 20,94 bilhões.

 

ESTADOS – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a proposta do Governo Federal para renegociar a dívida bilionária de estados com a União. O projeto prevê que, para reduzir os juros da dívida, as unidades da Federação terão de ampliar o número de matrículas no Ensino Médio Técnico. A proposta do Governo foi intitulada “Juros por Educação”.

Estados sem dívida com a União ou de menor valor terão acesso prioritário a linhas de financiamento e outras ações de apoio à expansão do Ensino Médio Técnico.

Estados que aderirem ao pacto terão redução temporária, de 2025 a 2030, das taxas de juros aplicadas aos contratos de refinanciamento de dívidas.

De acordo com o Governo, o saldo devedor acumulado dos estados é de R$ 740 bilhões.

São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, juntos, são responsáveis por R$ 660 bilhões desse total, o equivalente a 90% do estoque da dívida.

 

PREVISÕES – Analistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação para 2024 e 2025, ao mesmo tempo em que também projetaram crescimento maior da economia neste ano.

Boletim Focus, do Banco Central, prevê inflação de 3,75% ao final de 2024. Para 2025, a estimativa de inflação caiu para 3,51%.

No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%, em busca de controle da taxa de juros Selic.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a estimativa de crescimento subiu para 1,85%. Foi a sexta alta seguida do indicador. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%.

Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano em 9%.

 

INFLAÇÃO – Prévia da inflação ficou em 0,36% em março, 0,42 ponto percentual (p.p.) menor que a de fevereiro, quando variou 0,78%.

O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do IBGE.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,14%.

No grupo Alimentação e bebidas (0,91%), a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março.

A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (0,35% em fevereiro para 0,76% em março).

Houve queda na passagem aérea (-9,08%), que vinha impactando a inflação nos últimos meses.

Gasolina subiu 2,39% e etanol, 4,27%, enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda.

 

SAIDINHA – Remando contra a maré, Conselho Federal da OAB se posicionou contra o projeto aprovado, quase que por unanimidade, pelo Congresso Nacional, que acaba com as saídas temporárias dos presos, conhecidas como “saidinhas”.

A Ordem dos Advogados pretende enviar documento ao Presidente Lula dizendo ser “dever do Estado garantir que a execução da pena ocorra de modo humanizado, porque a Constituição Federal de 1988 proíbe a utilização de penas cruéis e tratamento degradante, além de assegurar aos presos o respeito à integridade moral”.

 

FALÊNCIA – Câmara dos Deputados aprovou o projeto que altera a Lei de Falências, por proposta do Governo Federal.

O texto aprimora a governança da massa falida de uma empresa, acaba com o supersalário do administrador e amplia a participação dos credores na discussão sobre a recuperação de créditos. A proposta segue para o Senado.

 

MOSSORÓ – Ministério da Justiça está desmobilizando efetivo da Força Nacional usado na busca aos dois fugitivos da prisão que seria de segurança máxima de Mossoró.

Parece batalha perdida essa busca, que já custou mais de R$ 2 milhões aos governos. E mostra a força do crime organizado.

 

VENEZUELA – Brasil reagiu timidamente diante das ações do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, para manipular as eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.

Mesmo assim, a ditadura venezuelana divulgou nota dizendo que o pronunciamento oficial do Brasil é intervencionista, “nebuloso e parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

Na segunda-feira, terminou o prazo para que os candidatos a presidente da Venezuela se inscrevessem no Conselho Nacional Eleitoral

A candidata de oposição Corina Yoris não conseguiu se inscrever, despertando protesto de muitos países latino-americanos.

Brasil afirmou, através do Ministério das Relações Exteriores, que Maduro age de forma não compatível com o Acordo de Barbados, que previu um processo eleitoral limpo e fiscalizado pelos organismos internacionais, com a libertação de opositores presos arbitrariamente.

 

MACRON – Presidente Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron,  anunciaram no Pará um programa que pretende investir 1 bilhão de euros na bioeconomia da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa, território ultramarino da França na América do Sul.

O investimento será realizado nos próximos quatro anos e terá colaboração entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento. Há previsão de investimento privado no projeto.

Hoje de manhã, Presidente Lula participa da cerimônia de lançamento ao mar do submarino Tonelero, com a participação de Macron, na Ilha da Madeira, em  Itaguaí (RJ).

 

BALEIA – Polícia Federal em São Sebastião (SP) decidiu não indiciar o ex-Presidente Bolsonaro, após concluir o inquérito que apurava se ele importunou uma baleia jubarte durante passeio de moto aquática no litoral de São Paulo, em junho do ano passado.

Deveria ser calculado o prejuízo que este inquérito causou ao Tesouro Nacional, além do desgaste pelo ridículo da situação.

E deu mote político para Bolsonaro usar até o fim da sua vida.

Parece até que foi feito para ajudar ele.

 

ARGENTINA – Missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) detectou  “progressos impressionantes” na Argentina, obtidos nos últimos meses.

Aponta a melhora de variáveis, como a inflação, que está registrando rápida baixa, e o aumento das reservas do Banco Central. Destaca também o superávit fiscal alcançado em janeiro e fevereiro, algo que foi registrado “pela primeira vez em mais de uma década”.

Alerta que “o caminho para a estabilização nunca é fácil” e pede “que o peso do ajuste não recaia desproporcionalmente sobre as famílias trabalhadoras”.

 

CASAS BAHIA – Ações de Casas Bahia (BHIA3) despencaram no pregão de ontem da Bolsa de Valores, após a empresa registrar prejuízo líquido contábil de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, ante perda de R$ 163 milhões no mesmo período de 2022. Com isso, os papéis derreteram 9%, negociados a R$ 6.

 

ECONOMIA – Índice Bovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem em 126.863 pontos, com baixa de 0,05%.

MOEDAS

⬆ Dólar Comercial: R$ 4,98 (+0,19%)

⬆ Dólar Turismo: R$ 5,18 (+0,06%)

⬆ Euro Comercial: R$ 5,39 (+0,09%)

⬆ Euro Turismo: R$ 5,63 (+0,08%)

Por RENATO RIELLA

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