Em 2016, vi muita gente mudar de status de forma repentina e dramática. Refletindo sobre isso, passo a vocês uma história real, que muito me moldou.
Lembro de um homem riquíssimo, aqui de Brasília. Ele tinha diversos empreendimentos, alguns de impacto. Não sei porque, ficou muito amigo meu – embora fosse bem mais velho.
De vez em quando, falávamos, falávamos, falávamos. Um dia, conversa vai, o amigo velho reclamou que estava perto do fim, mas não tinha na família quem pudesse tocar seus negócios. Ele, que nunca dizia um palavrão, de repente me surpreendeu com uma frase chocante:
-Se eu morrer, eu estou fudido!
Por isso trabalhava feito doido, todo dia, com mais de 90 anos, para manter o império funcionando. Um dia, Deus se cansou de esperar e levou meu amigo de repente.
Tempos depois, entendi a frase duríssima do velho empreendedor, ao ver que os negócios milionários desmoronaram. A principal marca desapareceu. O mundo empresarial ruiu, correu pelo esgoto.
Caindo na realidade, pronunciei para mim mesmo uma frase chocante: “Há pessoas que não têm nem o direito de morrer”. (RENATO RIELLA)