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jan 22 2020

Reunião entre distritais e secretário de Transporte não teve sucesso; faltaram informações

Resultado de imagem para ônibus nas ruas de Brasília

Depois de duas horas de reunião ontem (21) com o secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Valter Casimiro, os deputados distritais, integrantes do Grupo de Trabalho criado para discutir o aumento das passagens de ônibus, não tiveram avanços devido ao atraso do governo no envio de dados para subsidiar uma proposta da Câmara Legislativa sobre a questão. As informações somente devem chegar à Casa hoje(22).

Participaram da discussão ontem, os deputados Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT), Delmasso (Republicanos), Fábio Felix (Psol), Júlia Lucy (Novo), Leandro Grass (Rede) e Valdelino Barcelos (Progressistas), além da deputada federal Erika Kokay (PT). De acordo com Vigilante, o GDF sustentou a necessidade do reajuste das tarifas. O distrital, no entanto, argumentou em contrário: “Eles afirmam que é possível diminuir a tarifa técnica, que é o repasse que o governo faz às empresas. Então, por que aumentar o preço justamente para o usuário?”.

A redução do subsídio governamental aos empresários que operam no sistema de transporte público coletivo é uma das possibilidades aventadas pelo governo, em meio a uma série de medidas que podem ser tomadas em relação ao setor, alvo de questionamentos judiciais. Para o chefe da pasta, o custo pode ser reduzido em até R$ 50 milhões anuais. Hoje, os repasses chegam a R$ 700 milhões por ano. Casimiro garantiu que os documentos solicitados pelos parlamentares devem chegar à Casa até hoje.

“Sem as informações, as mesmas dúvidas se mantêm”, comentou o deputado Leandro Grass ao sair da reunião.

Do material que os parlamentares demandaram consta um relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), elaborado para subsidiar uma nova licitação de empresas de transporte, ainda sem data para realização; dados da bilhetagem; bem como cópias dos contratos com os grupos que atuam no sistema. As informações vão servir para que a CLDF apresente um estudo próprio sobre o aumento das passagens que vem sendo criticado por movimentos da sociedade civil.

A deputada Júlia Lucy considerou a reunião “insatisfatória”. Para ela, o aumento “foi uma decisão política, e a equipe do governo não soube responder sobre os motivos que levaram ao reajuste”.

A distrital defendeu mudanças na forma de contratação: “Estamos diante de um cartel: o melhor dos mundos para as empresas e um péssimo serviço para os usuários”, completou. Ela informou ainda que o GDF estuda um serviço complementar “emergencial”, operado por vans, para tentar diminuir os problemas dos passageiros.

Com informações de CLDF/Ascom

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