Comunico a vocês que já estamos em 2016, o ano que é um mero prolongamento de 2015.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mais forte do que nunca, está negociando interesses próprios em torno do impeachment da presidente Dilma, fazendo chantagens a cada momento mais explícitas.
A presidente Dilma oferece cargos de ministros a gente do PMDB tentando adiar o impeachment.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, continuará escondido, para não ser lembrado no Lava-Jato.
O vice MimiMichel Temer sonha em ser presidente, prometendo dar proteção a Renan e Eduardo Cunha, seus parceiros de partido.
O ministro Joaquim Levy promete deixar o governo se o ajuste fiscal não for aprovado. Mas qual ajuste fiscal?
O Congresso não sabe quando vai aprovar o Orçamento de 2016. O governo trabalha nesses primeiros meses sem base orçamentária, gastando quase nada.
A inflação aproxima-se dos 11% mas pode chegar perto dos 15% em dezembro de 2016.
O dólar fica sempre perto dos R$ 4,00, mas o Banco Central não permite que ultrapasse essa barreira psicológica.
Todos já sabem que o PIB vai cair ao final de 2016, mas teme-se que o percentual ultrapasse a faixa de 3%, ficando pior do que 2015.
A taxa de natalidade está caindo de forma assustadora nos primeiros meses de 2016, por causa da zica, mas mesmo assim cresce muito o número de crianças que nascem com deficiência cerebral.
O Banco Central aumenta os juros e já se fala que, ao final de 2016, a taxa Selic esteja perto dos 20%.
Gasolina e energia elétrica continuam subindo de preço.
Todas as agências de avaliação da economia mundial rebaixam o Brasil.
Manifestações de rua ficam esvaziadas, pois o povo não acredita em ninguém.
O Lava-Jato continua prendendo gente, chegando a cada momento mais perto do ex-presidente Lula.
Analistas internacionais veem o Brasil como a nova Espanha, em matéria de desemprego.
Prevê-se que, até o fim do ano, o povo comece a reagir de forma caótica, pois não há lideranças para dar qualquer sinal de partida nos movimentos políticos.
A eleição municipal de outubro é uma incógnita, pois os partidos e os políticos estão desmoralizados.
TCU e TSE continuarão ameaçando cassar a presidente Dilma, mas sabemos que toda forma de Justiça é lenta e sempre cabe recurso ao Supremo Tribunal, onde o Planalto tem amigos fieis.
Deus, que já foi brasileiro, observa tudo, esperando a hora certa de nos salvar. Mas esta hora sagrada não ocorrerá em 2016. Quem sabe em 2019! (RENATO RIELLA)