Repercutiu no mercado a decisão da agência internacional de classificação de riscos Fitch, que elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável.
A medida gera impacto entre investidores, que terão ampliada a motivação para aplicar recursos no território brasileiro.
Em 2018, o Brasil tinha sido rebaixado para o patamar BB-, após a grave crise financeira dos dois anos anteriores, inclusive com recessão.
Agora, a agência de risco indica que o País alcançou nos últimos anos progresso em importantes mudanças, citando a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central, além da perspectiva de aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Otimista, Fitch revisou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 de 0,7% para 2,3%.
JUROS NOS EUA – O mundo econômico repercute a decisão de ontem do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve – FED), que aumentou os juros do país em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 5,25% e 5,50%.
A taxa é a maior nos EUA desde 2001. Não se descarta nova alta em setembro.
DÉFICIT – Contas externas brasileiras tiveram saldo negativo de US$ 843 milhões em junho, segundo o Banco Central (BC).
Houve sensível déficit no pagamento de juros, lucros e dividendos de empresas), como também nos empréstimos externos tradicionais quando empresas não estão relacionadas.
Também ocorreu diminuição do superávit da renda secundária em US$ 276 milhões, que são as transferências sem contrapartidas.
O déficit foi compensado parcialmente por um aumento de US$ 1,3 bilhão no superávit comercial de bens e um recuo de US$ 700 milhões no déficit em serviços.
Em 12 meses – encerrados em junho – o déficit em transações correntes é de US$ 49,967 bilhões, 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
BALANÇA COMERCIAL – Segundo o Banco Central, o superávit da balança comercial brasileira é o maior da série histórica.
As exportações de bens totalizaram US$ 30,247 bilhões em junho, com redução de 8,7% em relação a igual mês de 2022. As importações somaram US$ 21,645 bilhões, com queda de 16,1% na comparação com junho do ano passado.
Com esses resultados, a balança comercial fechou com superávit de US$ 8,603 bilhões no mês passado.
VIAGENS INTERNACIONAIS – Turistas brasileiros desembolsaram R$ 33,6 bilhões (US$7 bilhões) no exterior no primeiro semestre deste ano, segundo o Banco Central (BC). O total de gastos é 18,4% maior do que no ano passado.
Por outro lado, o ingresso de recursos estrangeiros em viagens ao Brasil totalizou R$ 15,3 bilhões (US$ 3,2 bilhões) nos seis primeiros meses deste ano, resultado 35,6% maior do que em 2022.
Com o fim da pandemia e queda nas cotações do dólar, as viagens internacionais se intensificam.
TURISMO – Em 2023, o turismo brasileiro teve o maior faturamento para um mês de maio desde 2014, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Receita do setor somou R$ 36,1 bilhões, com aumento de 8,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 4% na comparação com abril deste ano.
O turismo retoma vigor diante da maior empregabilidade no Brasil, além do desenvolvimento de novos negócios e atração de investimentos estrangeiros.
Fluxo de aeronaves nos 10 maiores aeroportos do Brasil voltou, em maio, ao nível observado antes da pandemia.
INDÚSTRIA – Vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em junho somaram R$ 24,8 bilhões, com queda de 10,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em comparação com maio deste ano, houve elevação, de 0,5%.
De janeiro a junho, as vendas totalizaram R$ 142,3 bilhões, 8,9% abaixo do registrado no mesmo período de 2022, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
MORADORES DE RUA – Diante da polêmica gerada no início da semana, Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 11 de agosto o julgamento da liminar na qual o ministro Alexandre de Moraes determinou prazo de 120 dias para o Governo Federal apresentar um plano nacional para a população em situação de rua.
Na verdade, esta decisão monocrática do ministro também engessa os estados e municípios, que ficam impedidos de agir para coibir ocupações nas cidades, inclusive dificultando ações relativas às cracolândias.
POCHMANN – Economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto Lula, foi escolhido pelo Presidente Lula para ser o novo presidente do IBGE.
ABELHAS – Presidente Lula sancionou a Lei 14.639, gerando a política nacional de incentivo ao setor de apicultura, medida que pode beneficiar criadores das abelhas exóticas Apis melífera e das abelhas sem ferrão nativas brasileiras, para a produção de mel, própolis, geleia real, pólen e cera.
ECONOMIA – Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, fechou ontem a 122.560 pontos, com alta de 0,45%.
MOEDAS (Fonte: BC)
⬇ Dólar Comercial: R$ 4,72 (-0,46%)
⬇ Dólar Turismo: R$ 4,91 (-0,29%)
⬇ Euro Comercial: R$ 5,24 (-0,07%)
⬇ Euro Turismo: R$ 5,46 (+0,05%)
Por RENATO RIELLA