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maio 03 2021

Rodoviários fazem paralisação hoje no DF e passageiros ainda sofrem com greve no Metrô

Os rodoviários cruzaram os braços hoje (3) e paralisaram 100% do serviço de transporte público no Distrito Federal. A categoria reivindica a vacinação contra a Covid-19.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do DF (Sinttrater), o serviço será interrompido por 24 horas. Hoje, a greve dos metroviários completa duas semanas. Com a frota reduzida, 19 dos 24 trens estão em circulação em horários de pico.

Em nota, a Secretaria de Saúde disse “reconhecer a importância da vacinação dos rodoviários” e que “segue ampliando os grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19 dentro das possibilidades”.

“A pasta seguirá trabalhando para que os grupos de maior risco e os setores estratégicos da sociedade sejam imunizados o mais rápido possível, mas depende da produção e do envio de novas doses de vacina.”

Já o sindicato dos rodoviários orientou que a população “fique em casa” e informou que o serviço “volta normalmente amanhã”.

Na sexta-feira, representantes dos rodoviários foram ao Palácio do Buriti participar de reunião com membros do Executivo. De acordo com o sindicato, a reunião “não atendeu às expectativas” e, portanto, não houve acordo entre as partes.
Também na sexta, a 3ª Vara de Fazenda Pública do DF considerou que a paralisação anunciada era “ilegal e abusiva” e determinou que os rodoviários “se abstenham de promover paralisação total ou parcial dos serviços de transporte”, sob pena de multa de R$ 1 milhão. A decisão foi do presidente do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Pedro Matos de Arruda.
Entretanto, ontem, a desembargadora do TJDFT Sandra de Santis cassou a decisão anterior. A magistrada entendeu que “a decisão já proferida pelo juízo trabalhista, em dissídio coletivo, que afinal deve prevalecer, viabiliza o direito de greve dos trabalhadores, sem, contudo, inviabilizar o direito de ir e vir da população do Distrito Federal, por meio do transporte público“.
Com a nova determinação, em caso de greve, os metroviários devem manter contingente mínimo de 60% da frota nos horários considerados de pico – entre 5h 9h30 e das 17h às 19h30 – e de 40% no restante do dia. A pena para o descumprimento da medida é de R$ 50 mil por dia.

A paralisação teve início à 0h. Em Ceilândia, na garagem da Marechal, os primeiros ônibus, que normalmente saem às 4h, ficaram parados. Apenas coletivos que foram levar funcionários para casa deixaram o estacionamento da empresa.

Durante a manhã, paradas de ônibus ficaram lotadas, houve aglomeração nos trens do metrô e a transportes piratas circularam nas primeiras horas do dia.

Com a paralisação, congestionamentos se formaram em diversos pontos da capital. Na BR-040, entre Valparaíso (GO) e Santa Maria, a velocidade média na via era de 5 km/h, no sentido Plano Piloto, por volta das 7h40. Na BR-060, próximo ao viaduto de Samambaia, também no sentido Brasília, a velocidade média era de 34 km/h.

O Departamento de Trânsito (Detran) liberou as faixas exclusivas das vias W3 Sul, W3 Norte, Eixo Monumental e Setor Policial Sul para o tráfego de veículos. Na EPTG e EPNB, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também liberou as faixas exclusivas. A faixa do BRT-Sul permanece sem alterações.

Somado à paralisação dos rodoviários, os metroviários estão em greve. O movimento completa duas semanas nesta segunda. Por determinação da Justiça, 80% dos trens devem circular nos horários de pico.

Com os ônibus parados, os passageiros de Brasília recorreram ao metrô. Com a frota reduzida – 19 trens em circulação –, os vagões ficaram lotados nesta segunda-feira.

Com informações de G1

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