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jun 08 2018

Rollemberg já perdeu a eleição? Não!!! O jogo só acaba quando termina

Diante do que costumo escrever, diversas pessoas me perguntam: “Então Rollemberg está completamente derrotado?”

Por incrível que pareça, a resposta é: “Não!”

O panorama eleitoral no Brasil, hoje, é tão trágico, que até o governador Rodrigo Rollemberg, com índices de “aprovação” que concorrem com os péssimos índices do presidente Michel Temer, tem chance de ser reeleito.

Rodrigo tem poucos concorrentes. Todos ainda estão com percentuais insuficientes nas pesquisas para garantir os votos dos eleitores, que se recusam a decidir sobre política neste momento.

Cerca de 80% da população do DF permanece distante das discussões sobre a eleição que ocorrerá dentro de quatro meses.

O pior de tudo é que, nas eleições realizadas no último domingo pelo Brasil, vimos percentuais de 60% de votos jogados fora (gente que não foi votar ou que votou em branco, no estado de Tocantins e em alguns municípios).

Nessa condição, de apenas 40% da população votando, um governador pode ser eleito com cerca de 20% dos votos – o que teoricamente dá esperança a Rodrigo Rollemberg.

Seus concorrentes começam a trabalhar agora, mas sem dinheiro. O tal Fundo Eleitoral deve sair em agosto e terá muita briga interna nos partidos, quase todos dominados por caciques nacionais perigosíssimos.

Vemos que o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat tem chance de ser o principal nome da eleição de governador. Mas ele enfrentará decisões dificílimas.

Por exemplo: quem Frejat escolherá para ser vice na sua chapa? Em 2014, ele perdeu a eleição para Rollemberg porque escolheu mal. Sua vice foi a mulher do Arruda, Flávia Arruda, ainda muito jovem e sem experiência (hoje, quatro anos depois, ela é forte concorrente a uma vaga na Câmara Federal).

Frejat também não diz como vai se comportar na eleição presidencial. Definindo-se por qualquer nome (Bolsonaro, por exemplo), passa a limitar o seu eleitorado. Na verdade, Rollemberg passa pelo mesmo problema, pois o PSB não tem candidato próprio a presidente.

Outro candidato a governador é Izalci Lucas, finalmente confirmado pela direção do PSDB como o nome do partido na eleição. Mas Izalci provavelmente terá de carregar atrás dele o peso pesado chamado Geraldo Alckmin, que em Brasília terá votação baixa.

Alírio Neto, do PTB de Roberto Jefferson, pode ser candidato a governador, mas pouco se sabe da sua estrutura de campanha.

Há um nome bastante combativo, que é a ex-deputada Eliana Pedrosa, mas esta também está organizando a sua campanha, sem visibilidade ainda.

Outros candidatos podem aparecer nas pesquisas, mas por enquanto estão submersos.

O certo é que muito provavelmente um desses vai disputar o segundo turno com Rollemberg. E segundo turno é como disputa de pênalti em Copa do Mundo: muitas vezes a Seleção mais forte bate o último pênalti por cima da trave.

Como faltam ainda quatro meses, pode ser que tudo isso aí em cima perca a razão de ser. Mas este é o retrato de hoje. (RENATO RIELLA)

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