«

»

out 06 2014

ROLLEMBERG SÓ PERDE A ELEIÇÃO SE ERRAR MUITO

RENATO RIELLA

Uma antiga sabedoria acompanha quem coordena eleições. Diz o seguinte:

-Você não ganha a eleição. Os outros é que fazem tudo para perder.

É isso mesmo. Na eleição de governador ou de presidente, o melhor voto é o erro do adversário.

Já vimos gente como Ciro Gomes, que poderia ter sido eleito presidente da República, mas jogou tudo fora. Louco, Ciro disse que o papel da Patrícia Pilar na sua campanha era apenas dormir com ele. Por que falou isso? O que ganhou com essa bobagem? Nada. Perdeu a eleição.

Pode ser o caso de Rodrigo Rollemberg, candidato do PSB a governador do DF em segundo turno, se não dosar as palavras.  Ele conquistou 44% dos votos no primeiro turno, contra apenas 27% do seu opositor, Jofran Frejat (PR). A diferença é de quase 17 pontos percentuais. Muito! Muitíssimo!

Rollemberg só perde esta eleição se errar bastante, até mais do que Ciro Gomes errou. Mas quem sabe!

Horas depois da vitória nesta primeira fase, o senador Rodrigo fez uma péssima declaração. Disse ele, no calor das comemorações:

-“Nós não vamos procurar partidos. Nós não vamos procurar candidatos. Nós vamos dialogar com a população. Todos aqueles que queriam apoiar nosso programa de governo, sem absolutamente nada em troca, apenas pelo desejo de mudança a partir desse plano de governo, serão muito bem-vindos. Mas nós não vamos procurar candidatos”, afirmou.

Provavelmente falou assim, de forma descortês, porque está sendo chamado de “Agnelozinho” por Frejat. Pensa que, com isso, pode se desvincular definitivamente do governo petista derrotado nas urnas. Mas se expressou mal.

Reguffe, muito mais jovem, chegou a quase 58% dos votos falando pouco, evitando debates e fazendo de contas que nem ouvia determinados desaforos. Não escorregou na palavra.

Rollemberg pode se poupar de ações agressivas, pois já deixou claro, no seu programa de governo, que vai abandonar a política nefasta de entregar as regiões administrativas a deputados distritais, como se fossem capitanias hereditárias. Mas nunca deve dizer que não procurará partidos, nem candidatos, nem políticos.

De princípio, pelo menos três partidos assinaram a sua votação: PSB, PSD e PDT. Outros poderão referendá-la sem a oferta prévia de cargos e sem promessas comprometedoras. Esses, deverão ser recebidos de braços abertos, desde que não sejam foco de bandidagem.

A declaração de partida do candidato dp PSB soou mal e pode ser distorcida pela campanha concorrente. Será que, na prática, Rollemberg saberá consertar essa gafe?

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*