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out 26 2022

Saldo entre entrada e saída de empresas no mercado ficou positivo em 2020

O saldo entre empresas que entram e que saem do mercado manteve-se positivo em 2020: 192 mil. Apesar da pandemia, este foi o segundo ano de saldo positivo, desde 2018 (menos 65,9 mil empresas). A taxa de sobrevivência (percentual das empresas ativas em 2019 e continuaram em 2020) foi de 83,1%.

Em 2020, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, o País tinha 4,9 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) como assalariadas e 7,0 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações pagos somaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.568,48. A idade média das empresas era de 11,6 anos, a mesma média de 2018 e quase igual à de 2019 (11,7 anos).

As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, divulgado hoje ( 26) pelo IBGE.

A taxa de entrada caiu de 20,2% em 2019 para 16,9% em 2020 e a de saída, de 14,0% para 13,0%. Para o gerente da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira, seria natural haver redução na taxa de entrada, mas não na de saída, que foi a menor desde 2008. Mas o fenômeno se repetiu em outros países: de 12 nações analisadas, oito reportaram queda na saída de empresas.

Diferentemente do Cempre (35,3 milhões de empresas), a Demografia das Empresas considera somente unidades ativas que pertencem a natureza jurídica de entidades empresariais, excluindo, portanto, órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações internacionais que atuam no país. Vale lembrar que também não são considerados os Microempreendedores Individuais (MEIs).

Entre as 4,9 milhões de empresas ativas, 4,0 milhões são sobreviventes, ou seja, já estavam em atividade em 2019, o que representa uma taxa de sobrevivência 83,1%. Entraram em atividade 826 mil (16,9%), sendo a maior parte (670 mil) empresas nascidas e 157 mil, reentradas. Saíram do mercado 13,0% (634 mil empresas), a menor taxa desde o início da série histórica, em 2008.

Dos 39,4 milhões de pessoas ocupadas das empresas ativas, quase 96% estão presentes nas empresas sobreviventes. Elas remuneram, em média, R$ 2.581 ante R$ 1.469 das empresas entrantes.

“As sobreviventes destacaram-se em pessoal assalariado (97,9%), em salários e outras remunerações (99,3%), em salários mensais e por terem 14,7% da sua mão de obra com nível superior. Já as entrantes de 2020 tiveram participação de 2,1% de pessoal assalariado e 7,6% de nível superior, enquanto aquelas que saíram do mercado, empregavam 1,5% dos assalariados e 8,2% com maior escolaridade”, exemplifica Ferreira.

Houve predomínio de empresas de menor porte em relação às entradas e às saídas. Cerca de 78,7% das que entraram no mercado em 2020 não tinham pessoal ocupado assalariado, mas apenas sócios ou proprietários, e 19,9% possuíam 1 a 9 pessoas assalariadas. Da mesma forma, com relação às saídas, 79,9% não tinham assalariados, e 18,8%, de 1 a 9 pessoas assalariadas.

No total de empresas ativas em 2020, 38,8% da mão de obra era feminina. Porém, quando analisado por evento demográfico, as empresas entrantes ocupavam 40,5% de mulheres assalariadas e nas saídas o percentual foi ainda maior, 44,1%, sendo, inclusive, o maior da série histórica. Conforme ressalva Thiego, “Contribuíram para esse resultado dois setores que empregam majoritariamente mulheres ao mesmo tempo que foram afetados na pandemia: Alojamento e alimentação e Educação”

O setor que mais puxou o saldo positivo de 192 mil empresas foi Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com saldo de 39 mil, seguida pelas Atividades profissionais, científicas e técnicas (35 mil) e Saúde humana e serviços sociais (27 mil).

““Quem mais contribuiu para o aumento de pessoal assalariado foram as empresas com 250 ou mais assalariados. De 2019 para 2020, a participação dessas empresas subiu de 8,8% para 9,2% no total de empresas”, analisa Thiego.

Empresas de alto crescimento são as que têm crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos, e tem 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da observação.

A região Sudeste possui 46,6% das empresas de alto crescimento do país, seguida por Sul (20,4%), Nordeste (17,0%), Centro-Oeste (9,6%) e Norte (6,4%).

Fonte: Agência de Notícias IBGE – Carmen Nery e Vinícius Britto

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