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ago 17 2020

Secretaria de Cultura divulga o resultado do Prêmios FAC Brasília 60 anos

O resultado final do Prêmios FAC Brasília 60 anos foi publicado hoje (17) no Diário Oficial do Distrito Federal. Hoje, dos 1.588 projetos inscritos, 500 estão aptos a receber o valor bruto de R$ 4 mil, em um investimento de R$ 2 milhões, que chega para socorrer os agentes culturais em momento delicado de pandemia. O link do resultado pode ser visto ao final do texto.

A ação integra o pacote de editais Conecta Cultura, lançado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, desde que foi declarada a pandemia da Covid-19.

Ainda neste mês, será divulgado também o resultado final do FAC On-line com mais R$ 2 milhões para 108 projetos contemplados (no momento, esse edital passa pela análise final dos recursos).

“Desde que fomos surpreendidos pelo isolamento social e pela necessidade de nos adaptarmos às condições de teletrabalho impostas pela pandemia,  a Secretaria não parou um minuto de atuar para diminuir esse impacto sobre a vida de nossos artistas e técnicos. A ideia do Prêmios FAC Brasília 60 Anos, no entanto, não foi só a de auxílio emergencial, mas também de reconhecimento dessas trajetórias. Em outra situação, faríamos até uma cerimônia para entregar esses prêmios, solenemente, a cada contemplado”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues.

Com o resultado divulgado hoje, os agentes culturais têm até 30 dias para enviar os documentos exigidos e receber o prêmio de R$ 4 mil brutos. Os documentos exigidos, conforme o edital, devem ser encaminhados, em formato PDF, para os seguintes e-mails: premiosfac@cultura.df.gov.br, com cópia para premiosfac@gmail.com.

Apesar de não ter sido notificada pelos familiares, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF tem conhecimento de que, entre os contemplados, existem dois artistas, Remy Portilho (música) e Gisele Lemper (literatura), que estavam doentes e faleceram durante o processo de avaliação. A Secec estuda se há ou não a possibilidade jurídica para o pagamento aos familiares.

Um dos contemplados,  o pesquisador em música e luthieria Juraci Moura elogiou a preocupação da Secec em simplificar o acesso de artistas ao recurso público: “O edital diminuiu as barreiras complexas para ajudar essa cadeia que gera cultura e riqueza, sustentando as famílias”. Criado em Ceilândia e, hoje, morador do Sol Nascente, Juraci fabrica instrumentos de percussão a partir de sacos de cimento e outros objetos largados nas ruas, como tampinhas de cerveja e partes de guarda-chuvas. Ele trabalhou durante dez anos no Espaço Cultural Mercado Sul, Taguatinga, onde fez formação com o mestre Virgílio Mota.

Selecionada na categoria Artesanato, Patrícia Ferreira Paiva de Sousa, moradora de São Sebastião, apresenta-se como “mulher, negra, periférica, autônoma e filha de mãe (solo)”. Ela também reaproveita materiais dando-lhes, como diz, “outras possibilidades estéticas e tornando-os arte”. “O Prêmios FAC foi uma grande oportunidade de reconhecimento do que faço cotidianamente, e nesse aspecto pude compartilhar um pouco do que é ser uma cidadã de valor, artista e que compartilha conhecimento sempre para um bem maior”, avaliou.

Os artistas contemplados com o Prêmios FAC contaram com a solidariedade de artistas que abriram mão de concorrer ao edital para ajudar, com trabalho voluntário, na seleção dos ganhadores. Cirilo Quartim, que trabalha com desenho, pintura, gravura e arte digital, diz que aceitou “com muita honra” o convite de ajudar no processo de seleção: “Vivemos em um momento em que a pandemia ataca a classe artística. Considerei esse trabalho voluntário uma oportunidade de contribuir diante de tantas agruras que contrastam com a beleza e a excelência da arte que fazemos na capital.”

Cintia Rosa, 61, gravadora e aquarelista, doutora em Teoria e História da Arte e professora de gravura em metal, na Universidade de Brasília, entre 1993 e 2018, foi na mesma energia: “O voluntariado para mim é natural. Sempre trabalho para a cultura sendo remunerada ou não. Neste ano, o que me moveu foi a situação precária em que a pandemia deixou muitos artistas, uma vez que vivem de seus trabalhos, que não estão sendo executados nem vendidos.  A experiência foi gratificante no ponto em que foi possível contemplar muitos artistas com longo percurso em suas carreiras, assim como aqueles que ainda não tinham recebido nenhum reconhecimento do estado”, anotou.

O músico e jornalista Waldemar Gadelha, na cena artística desde 1978, uniu-se ao time de operadores da arte que pegou nas planilhas para acelerar a seleção dos trabalhos. “Foi enriquecedor. A gente que está acostumado a ficar do outro lado do balcão ajudou na seleção”, contou ele. Gadelha elogiou a Secec por disponibilizar parâmetros “muito claros, muito simples de seguir”. “Isso foi importante porque tenho muitos amigos artistas, não queria julgar e queria ajudar porque são trabalhadores que estão sem trabalho”.

RESULTADO FINAL PRÊMIOS FAC BRASÍLIA 60 ANOS

Com informações de Ascom/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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