O Distrito Federal registrou um aumento de 500% nos casos de dengue, entre 2 de janeiro e 2 de abril deste ano, em comparação com o mesmo período, em 2021. Conforme a Secretaria de Saúde, foram 22.229 registros da doença em 2022 e 3.673 ocorrências no ano passado.
As informações foram passadas pela Secretaria de Saúde do DF, hoje (19). Segundo a pasta, Brasília ainda não chegou “ao pico da doença”, previsto para maio.
Para atender as pessoas doentes, a secretaria montou tendas em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde é feita medicação e hidratação.
Segundo o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Pedro Zancanaro, “os números alarmantes” são resultado das intensas chuvas ocorridas entre o fim de 2021 e o início de 2022.
“A gente tem a eclosão desses óvulos e o aumento do número de mosquitos no ambiente. Quanto mais óvulos houver, maior a reprodução desses mosquitos e maior a chance de mosquitos infectados com o vírus da dengue”, diz o médico.
Para atender a alta demanda de pacientes com dengue, a Secretaria de Saúde montou tendas em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) das seis regiões com maior incidência da doença: Planaltina, Sobradinho, Paranoá, São Sebastião, Ceilândia e Brazlândia.
“Quando a incidência da doença for de 1 mil pessoas por 100 mil na região, faremos a abertura de tendas […] Apesar de não termos como realizar hemograma, atendemos com hidratação e analgesia”, diz Pedro Zancanaro.
De acordo com o subsecretário, a SES-DF tem atuado com 13 carros de fumacê para combater os focos de dengue. Dados da pasta mostram que, 90% dos locais mais propensos para o aparecimento de mosquitos são os quintais de casa.
O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, pediu à população que, além de se proteger, fiscalize os locais onde pode haver propagação do aedes aegypti.
“Pedimos que as pessoas observem lixos nas ruas e avisem as administrações da região para acabarmos com os criadouros”, diz o secretário .
Fonte: g1
Foto: Governo Federal