IVAN SÉRGIO SANTOS
Vamos falar a verdade: há muito tempo a Seleção Brasileira deixou de encantar o mundo.
Os últimos títulos, em 1994 e 2002, foram conquistados com um “futebol de resultados” praticado por times medíocres, defensivos, sem nada que lembrasse a gloriosa tradição firmada em 1958, 1962, 1970 e até em 1982, quando merecíamos ganhar.
Mas tivemos a sorte de contar com craques decisivos, como Romário (na Copa dos EUA) e Ronaldo (na Copa Japão/Coréia), que resolviam lá na frente. Agora nem isso.
Qual desses jogadores convocados realmente conseguiu se destacar nos últimos tempos, aqui ou na Europa?
O melhor deles, Neymar, sequer é titular do seu time e parece longe do jogador decisivo que pintava no início da carreira.
Com um elenco mediano, dois retranqueiros no banco (Felipão e Parreira) e o entusiasmo da torcida restrito aos intragáveis bordões do Galvão Bueno e à euforia postiça dos comerciais da TV, meu palpite é o seguinte: vamos perder essa Copa rejeitada pelo povo jogando feio.
Mesmo assim vou torcer. Torci até na ditadura. Não consigo jogar contra.