Jofran Frejat tinha mais de 20% nas pesquisas para governador do DF. Para onde vão agora esses votos?
A eleição de Brasília se complicou. Ninguém mais sabe o que pode acontecer.
Na verdade, com a desistência do principal candidato, boa parte dos votos do Frejat migra agora para a faixa dos eleitores indecisos ou revoltados.
Outra parte dos votos será redistribuída. Todos os sete ou oito candidatos conhecidos ganham com isso.
Frejat representava partidos como PR (o seu partido), PP e MDB, entre outros, os quais agora ficam sem candidato e podem até apoiar nomes diferentes.
Com o tucano Geraldo Alckmin liderando uma chapa que abriga PR e PP, será que não tentará repetir a fórmula no DF? Se isso acontecer, o PSDB pode insistir no nome do deputado Izalci Lucas como candidato a governador.
Mas outro deputado, Rogério Rosso, do PSD, pode lutar para ser o representante da candidatura Alckmin em Brasília. Tudo são conjecturas.
A ex-deputada Eliana Pedrosa, do Pros, têm índices razoáveis nas pesquisas e pode crescer agora, mas o seu partido ainda está muito indefinido.
Quem fica perdido é o deputado Fraga (DEM), candidato ao Senado, agora sem chapa para se situar eleitoralmente. O senador Cristovam Buarque (PPS) também está desnorteado.
E assim por diante. Ficam no ar muitas indefinições e até os pequenos candidatos passam a ter esperança de crescer.
Quanto ao governador Rodrigo Rollemberg, este é o que comemora mais esta notícia do Frejat. Agora ele tem concorrentes quase no mesmo nível dos seus baixos percentuais de adesão eleitoral. (RENATO RIELLA)
