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fev 28 2019

SÉRGIO CABRAL ROUBOU AS MANCHETES DE JORNAIS E TELEVISÕES, MUDANÇA RADICAL

HÉLIO FERNANDES

Sérgio Cabral trocou de advogado e de roteiro.

Tenta ganhar a liberdade, comprometendo a liberdade de muita gente, que “confraternizou” a corrupção com ele.

Inicialmente, uma duvida enorme: condenado a quase 200 anos de prisão, terá que revelar muita coisa, fazer delação, acusação, contar fatos novos e importantes.

Comentaristas e os chamados especialistas, consideram que o ex-governador está pregando em vão. Não obterá sucesso. Fará mais dois ou três depoimentos, depois será abandonado.

Do lado de Cabral, euforia e alegria. Fazem cálculos super-otimistas.

A estratégia do escritório do novo advogado se dividiria em duas partes.

A primeira: reduzir as condenações para 20 ou 30 anos, considerado o máximo de punição individual.

A segunda: reduzida a pena, começaria a cumpri-la, negociando ano por ano, dentro da lei.

Empreiteiras que publicamente “colaboraram” com ele, garantem, “a corrupção já confessamos, é coisa do passado”.Mas estão assustadas.

Cabral pode contar muita coisa . Governadores têm influencia total sobre o Judiciário, a nomeação de desembargadores, que formam o
Tribunal de Justiça.

Depois dos “acertos” para as nomeações, Cabral tem muito a contar “sobre venda de sentença” O desconforto visível no TJ ratifica o “poder de fogo” do ex-governador.

E, por qualquer ângulo que se examine, a constatação: Cabral voltou ao jogo, é personagem.

Pode ser fortuito, mas isso só se saberá com o tempo que durarem as negociações.

Cabral justificou seu comportamento público e político com uma afirmação:

“Esse meu apego ao dinheiro é um vicio”, e continuou cumprindo o roteiro escolhido.

O ex-governador teria obtido mais sucesso, se confessasse: “Tudo que fiz foi uma tentativa de vingança contra o meu próprio destino”.

Nasceu em Terra Nova, um subúrbio deserto e abandonado. Só se chegava de trem, o famoso “Maria fumaça”.

Viveu miseravelmente, uma adolescência de fome.

Conseguiu sair de lá. Ninguém sabe como chegou à Alerj, que dominou por 12 anos.

Considerava que era o seu destino final.

Poderia fazer outra confissão, nestes termos:” Aí cometi uma BURRICE total. Inesperadamente senador, governador, citado e lembrado para presidente. Troquei essa possibilidade pela realidade enlouquecida do luxo e do volume de dinheiro roubado, tão grande que tive que inventar um recurso para GUARDÁ-LO. Não poderia ser em casa ou em banco”.

Aconteça o que acontecer, a situação do ex-governador não pode piorar.

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